Editorial / Nomes

Muitos eleitores dizem que só votam em nomes. E depois da bancarrota de diversos partidos tradicionais as coisas complicaram ainda mais. E a culpa é de quem? Dos partidos que não souberam conquistar e manter os eleitores.
Muitos partidos políticos no país estão sendo destruídos, mas não pelas organizações dedicadas à renovação da política, e sim pelos desmandos de seus dirigentes. O desprestígio dos partidos é resultado de sua incapacidade de representar os anseios da sociedade.
Uma das tarefas dos partidos é oferecer a seus filiados oportunidades de formação e capacitação. Mas raras são as legendas que realizam esse trabalho.
Habituados a viver de dinheiro público, os partidos deveriam empenhar-se para voltar a ser relevantes, de modo a convencer os eleitores a financiar seu funcionamento.

Mudar é uma questão de sobrevivência, do jeito que estão formadas estas legendas tendem a acabar ou ser engolidas.
Portanto, votar em nomes deve ser a intenção da maioria dos eleitores nas próximas eleições, quando elegeremos prefeito e vereadores. As legendas tradicionais continuam em baixa e as novas ainda não apresentaram trabalho que convença o eleitor a participar.
Enquanto isso, o povo deverá arcar com as despesas de partidos, mesmo que não representem nada.
As mudanças serão inevitáveis, mas ainda vamos aguardar muito tempo enquanto houver dinheiro público disponível.