Editorial / Estado

Em processo de convencimento do Legislativo mineiro para privatizar estatais como Cemig e Copasa, Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, reforçou semana passada que a empresa de energia mais inibe que fomenta o desenvolvimento do Estado. “Todas essas empresas podem ampliar suas operações caso tenham mais investimento. Como o Estado é o controlador, e está falido, o povo mineiro é que está pagando caro”, afirmou ele. Segundo Zema, a ineficiência da Cemig espanta indústrias de Minas.
O governo deveria se concentrar em prestar serviços públicos para a população em relação à educação, saúde e segurança. Os outros serviços o Estado pode muito bem trabalhar ou repassar para a iniciativa privada. Tocar empresa de energia não seria uma delas.

Em Poços nós temos a nossa própria “cemig”, já tivemos no passado a nossa empresa de telecomunicação e tocamos também a empresa de fornecimento de água. A Telecaldas, qie era a telefônica da cidade, desapareceu com incorporação da Telemig. Já tentaram privatizar o DMAE, mas a ideia não prosperou. O DME não teve ainda planos de privatização, é hoje um esteio para a prefeitura. Mas, a Cemig é uma empresa que precisa de recursos para enfrentar o futuro da energia e a situação da prefeitura nós já sabemos bem como está.
Para nós, o Estado deveria focar nos três serviços citados, educação, segurança e saúde. Hoje o cidadão que quiser um desses três serviços de melhor qualidade tem que ir para a iniciativa privada, então, é um sinal claro de que a coisa não vai bem.