Editorial / Mudanças
O governo informou que pretende entregar ainda nesta semana ao Congresso um ambicioso pacote de reformas para tentar sanear as contas públicas de forma sustentável. São medidas importantes que visam destravar a máquina pública e fazer o Estado andar.
No papel, trata-se de uma revolução. Ninguém há de negar a urgência de todas essas medidas, ainda que se possa discutir detalhes aqui e ali. Estamos há muito tempo engessados e sem investimento público em áreas importantes.
Mas o governo esbarra num ponto crucial que é o Congresso. Uma mistura de ideias e de pessoas com vários interesses, inclusive aquele que não dará corda para o presidente ficar forte o bastante para se eleger com facilidade.
No papel, trata-se de uma revolução. Ninguém há de negar a urgência de todas essas medidas, ainda que se possa discutir detalhes aqui e ali. Estamos há muito tempo engessados e sem investimento público em áreas importantes.
Mas o governo esbarra num ponto crucial que é o Congresso. Uma mistura de ideias e de pessoas com vários interesses, inclusive aquele que não dará corda para o presidente ficar forte o bastante para se eleger com facilidade.
E existe uma ala política e administrativa que não quer saber de mudanças e muito menos perdas de privilégios.
Ao propor todas essas medidas de uma só vez fica difícil imaginar que o Congresso incluirá em sua pauta e aprovará esse imenso conjunto de reformas sem uma ampla e desgastante negociação.
Não falta ousadia por parte do governo, mas ele não é acompanhado pela classe política. Fica aqui registrado que mais uma vez o povo precisa ser chamado para participar do debate ou as mudanças morrem nos corredores da burocracia.
Ao propor todas essas medidas de uma só vez fica difícil imaginar que o Congresso incluirá em sua pauta e aprovará esse imenso conjunto de reformas sem uma ampla e desgastante negociação.
Não falta ousadia por parte do governo, mas ele não é acompanhado pela classe política. Fica aqui registrado que mais uma vez o povo precisa ser chamado para participar do debate ou as mudanças morrem nos corredores da burocracia.