Servidores do INSS podem entrar em greve na próxima quarta-feira
Brasília, DF – Cumprindo orientação do Fórum das Entidade Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e deliberação da plenária da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) do último dia 5, a próxima quarta-feira, 23 de março, foi indicada como data-início para deflagração de greve geral por tempo indeterminado, caso o governo não negocie com as entidades representativas dos Servidores Públicos Federais (SPFs).
Na pauta emergencial, protocolada em janeiro deste ano, os servidores reivindicam reajuste emergencial de 19,99% (perdas salariais dos últimos três anos), arquivamento da PEC 32 (a chamada “reforma administrativa”) e a revogação da Emenda Constitucional 95/2016, do “teto de gastos”.
Na última quarta-feira (16), quando milhares de servidores de todas as regiões do país ocuparam a Esplanada dos Ministérios reivindicando melhores condições de trabalho e atendimento da pauta protocolada em janeiro passado, o governo fechou as portas à negociação. O Ministério da Economia não quis receber nenhum representante do Fonasefe ou estabelecer o mínimo diálogo.
Em resposta, as entidades sindicais nacionais não arredaram o pé do Ministério da Economia, e vão organizar diariamente vigílias até 23 de março, dia apontado como início da greve geral no Serviço Público.
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Governo Federal pode gastar até 37,9% da receita líquida com pessoal, o que permitirá um gasto a mais de ao menos R$ 131 bilhões, considerando o pior cenário. Para aplicar o reajuste de 19,99%, seria necessário menos da metade deste montante: R$ 60 bilhões.