Após 21 dias de greve, Poços tem nove escolas estaduais com paralisações
Poços de Caldas, MG – A greve dos professores estaduais está completando 21 dias nesta terça-feira (29) e em toda Minas Gerais acontecem manifestações em defesa do reajuste do piso salarial nacional do Magistério. Em Poços de Caldas, 11 escolas aderiram total ou parcialmente à greve, segundo informações da subsede em Poços do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUte).
“Não houve outra alternativa para nós servidores que não fosse a greve, essa foi a única saída encontrada para bater de frente com essas políticas neoliberais que há anos destroem propositalmente a educação dos nossos meninos e meninas. Retiram tudo o que podem da base das nossas crianças para jogá-las cada vez mais rápido no mercado de trabalho precarizado. As escolas públicas estão completamente sucateadas, sem infraestrutura, com quadras impróprias para uma aula de qualidade, além da promessa de laboratórios e materiais didáticos que nunca chegam. Profissionais extremamente mal pagos, tendo que realizar dupla ou tripla jornada de trabalho para conseguir sobreviver. As nossas merendeiras, por exemplo, recebem menos de um salário mínimo e essa situação é inaceitável no Brasil de hoje, em que um botijão de gás já ultrapassa os R$120. O empresário Zema se recusa a pagar o nosso piso, se esquivando da lei e ainda tenta convencer a sociedade de que nós estamos prejudicando os alunos”, expõe a professora Juliana Mota Ribeiro, que faz parte do comando de greve em Poços de Caldas.
Ela ainda ressalta a importância do apoio da população ao movimento de paralisação.
“Gostaria de ressaltar à nossa comunidade que todas as aulas serão repostas ao final da greve e é justamente porque valorizamos a educação que estamos lutando para poder ter uma condição digna de trabalho e para que o serviço prestado também seja digno. A greve continua crescendo em todo o nosso Estado e precisamos do apoio da população para pressionar para que o piso salarial seja pago e que não se aprove o Regime de Recuperação Fiscal, que será uma lástima para todo o setor público e, principalmente, para aqueles que dependem dele. Nada vem de mão beijada para a classe trabalhadora, somente com a luta podemos garantir um futuro decente para nós e para as próximas gerações”, finaliza Juliana.
Escolas
Duas escolas de Poços estão totalmente paralisadas (Cleusa Lovato e Padrão). Outras sete seguem parcialmente paralisadas (Tamm Bias Fortes, Polivalente, Edmundo Cardilo, João Eugênio, Francisco Escobar, Davi Campista, Cesec).
Na região que pertence à subsede do SindUte são oito cidades com escolas totalmente paralisadas (Ipuiuna, Cabo Verde, Alterosa, Monte Belo, Carmo do Rio Claro, Divisa Nova, Alterosa).
Agenda
Na manhã desta segunda-feira (28), o Sind-Ute/MG participou de um ato unificado das categorias em greve, que aconteceu no centro de Belo Horizonte. A Educação cobrou do governo Zema o cumprimento da legislação e a aplicação dos reajustes do Piso Salarial Profissional Nacional.
O Sindicato ainda convoca toda a categoria para a Assembleia de Greve da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais que vai acontecer quinta-feira (31), às 14h, no pátio da Assembleia Legislativa, também em Belo Horizonte.
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Delma Maiochi
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