Acervo do Museu Histórico e Geográfico está sendo digitalizado
Poços de Caldas, MG – A carta de sesmarias recebida pelo capitão José Bernardes da Costa Junqueira, proprietário das terras onde hoje se situa a cidade de Poços de Caldas, da segunda década dos anos de 1.800, é uma das preciosidades constantes do acervo do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas. Em breve, pesquisadores de qualquer lugar do mundo poderão consultar o documento digitalizado, graças à aquisição de um aparelho de scanner específico, de fundamental relevância na preservação e difusão do acervo.
O scanner A2 para documentos e livros, da Navisystem Importação, tem resolução de 200 dpi, com sensor de imagem de 15 megapixels e velocidade de captura de 1 segundo por folha. Com investimento de R$ 11.350,00, o equipamento foi adquirido com recursos do Fundo do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico (Fundephact).
Acervo
Estão sendo escaneados documentos, livros e periódicos que integram o acervo da Biblioteca Nilza Botelho Megale. “O equipamento é aguardado pela equipe há bastante tempo. Essa necessidade surgiu porque temos documentos muito antigos, os chamados ‘documentos especiais’, que estão adequadamente acondicionados na nossa hemeroteca, mas não podem ser manuseados pelos pesquisadores pelo risco de deterioração”, explica a auxiliar de biblioteca Ágatta Morganna Brandão de Oliveira.
Ela conta que o trabalho de digitalização do acervo já vinha sendo feito em equipamentos emprestados de outros setores, mas não específicos para este serviço. O scanner adquirido comporta documentos até o tamanho A2 e funciona de forma a garantir a total integridade do material físico, gerando automaticamente o arquivo digital, em programa próprio.
Hoje, o arquivo fotográfico do Museu Histórico e Geográfico já está disponível em formato digital, assim como parte do arquivo documental. Com o novo equipamento, será possível digitalizar todo o acervo físico da biblioteca Nilza Botelho Megale, prioritariamente os documentos especiais, como as cartas de sesmarias, por exemplo. No local, há jornais físicos da cidade desde 1.904 e periódicos da Capitania de Minas Gerais do século XIX.
“É uma compra muito aguardada pela equipe do Museu, que passou por um complexo processo de aquisição. Queremos agradecer imensamente ao Condephact e à Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente pela parceria. A chegada do aparelho é um marco no trabalho de digitalização, catalogação e difusão do nosso acervo”, avalia a coordenadora do Museu Marina Andrade. O trabalho de escaneamento está sendo realizado pela estagiária de Arquitetura Letícia de Melo Luvizotti.