Como o jogo de xadrez da política em Minas vai afetar os candidatos a deputado da cidade? A maior influência que poderá ocorrer são as conversas do PSD mineiro.
O provável candidato a deputado com apoio da administração local, o Donato, saiu do PSDB e foi para o PSD com garantia de apoio do atual senador Alexandre Silveira. Silveira é pré-candidato pessedista a senador, tenta se manter no Senado. Ele era suplente de Antônio Anastasia e assumiu a cadeira na Casa depois de o titular virar ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) em 2021.
Silveira é secretário-geral do PSD nacionalmente e presidente do partido em Minas Gerais. Também é próximo do presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Nesta transação, Agostinho Patrus saiu do PV e foi para o PSD com chance de ser candidato a vice do Kalil. Então, a administração deixaria de flertar com Zema e passaria a apoiar Kalil para o governo do Estado? A última informação sobre as transações locais é que teria ficado arranjado que o PSDB lançaria um candidato a deputado estadual, que seria o vereador Flávio de Lima e Silva, para apoiar o Zema e não perder o contato com o governador que tem grande chance de se reeleger.
Além de Kalil e Zema, o outro pré-candidato com chances de ser competitivo no Estado é o senador Carlos Viana. Ele se filiou ao PL e deve ser o nome do Planalto. Sua entrada na disputa é boa para o PSD e ruim para o Zema: é provável que parte do voto bolsonarista possa sair de Zema em direção a Viana. A salada política está sendo aos poucos adicionada com novos ingredientes.