Supermercadistas acatam recomendação do MP e suspendem campanha das sacolinhas plásticas

Delma Maiochi
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Poços de Caldas, MG – O Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por meio do promotor de Justiça Glaucir Antunes Modesto, recomendou à Associação Mineira de Supermercados de Poços de Caldas a imediata suspensão da deliberação relativa ao não fornecimento gratuito de sacolinhas de plástico aos consumidores destes estabelecimentos comerciais associados, até que tal questão seja melhor debatida, inclusive, junto da sociedade.
O promotor é titular da 1 Promotoria de Justiça de Poços, na Curadoria de Defesa do Consumidor.
Em sua justificativa para a recomendação, ele diz que a Promotoria tem recebido diversas reclamações feitas por consumidores envolvendo direitos difusos e individuais homogêneos relativos à questão do não mais fornecimento gratuito de sacolinhas de plástico para transportar as compras nos supermercados e estabelecimentos similares de Poços. E que também já tem recomendação do Procon municipal sendo descumprida em relação a informações não claras ao consumidor. E que a medida adotada pela Associação, supostamente amparada em questões ambientais, precisa de mais esclarecimentos.

Associação
De acordo com informações de integrantes da Associação dos Supermercadistas de Poços, a recomendação do Ministério Público será acatada, com validade imediata.
“Estamos atendendo a recomendação do Ministério Público e vamos conversar semana que vem para avaliar as informações que ele colocou no documento, para sermos mais proativos e dar continuidade à campanha, que consideramos importante para o meio ambiente”, comenta Marcio de Oliveira, vice-presidente regional da Associação Mineira de Supermercados (AMIS).
Ele salienta que nestes dez dias de campanha, cerca de dois milhões de sacolinhas deixaram de ser jogadas na natureza. “Seria importante apuramos o número de reclamações, e como atendê-las, pois os supermercados recebem em suas lojas cerca de um milhão e meio de pessoas por mês e pelo que pude apurar as reclamações são poucas”, finaliza ele.