Essencial
É do professor, sociólogo e teórico da comunicação Paul Lazarsfeld, nascido na Áustria, a seguinte frase: “Queremos ver o que escutamos.” Foi Gutemberg quem nos proporcionou o mundo na forma de tipos móveis, possibilitando a visualização da palavra falada.
E surgiu a imprensa. Com a imprensa vieram os profissionais – mulheres e homens – jornalistas, que se preocupam em dar a notícia enquanto notícia. Citar o fato enquanto possa abrir caminhos, horizontes e orientação para o leitor/ouvinte no contexto no qual estamos todos inseridos.
Jornalistas são aqueles cujas qualidades revelam o profissional com discernimento para julgar os fatos com responsabilidade, independência e honestidade. Honesto para observar os acontecimentos e comunicá-los com isenção.
O jornalista informa e forma a opinião pública de maneira independente para que não se venda aos fatos mentirosos.
É responsável pelo que escreve e fala. Sua palavra atinge e alcança enorme área de influência na sociedade.
Por outro lado – e de suma importância – o jornal é um corpo e mente. O corpo é o papel que amanhã terá uma outra finalidade e a mente é o conteúdo e a mensagem. É a essência daquilo que vai permanecer.
Um jornal dura 24 horas ou até menos. Fatos novos concorrerão para novas notícias que são motivadas por nós mesmos, no nosso dia a dia através das nossas atitudes ou posições que assumimos ante a sociedade.
Seremos página de jornal tanto para uma crítica como para um elogio. Por conseguinte, devemos aceitar de cabeça erguida, com hombridade e dignidade quando se nos apontam os nossos defeitos e as nossas virtudes.
No dado momento em que assumimos uma função pública, devemos tomar atitudes de respeito como servidores públicos, uma vez que é do bolso do contribuinte que sai o dinheiro que paga os nossos salários.
Valores são valores, mas têm uma única fonte: o trabalho de todos os cidadãos que formam uma comunidade.
Enquanto entendermos isso, por certo estaremos cumprindo o nosso compromisso com a sociedade que nos escolheu, elegeu e nos colocou à frente dos destinos de uma cidade, de um estado e do país.
Com isso, não podemos nos esquecer que, rico ou pobre, quem paga a conta é o povo.
Hugo Pontes
Professor, poeta e jornalista