Novos casos de covid-19 têm crescimento contínuo no sul de Minas
Da redação
Poços de Caldas, MG – “Casos continuam aumentando de modo sustentado. Há riscos.” Esse é o recado que os pesquisadores trazem no boletim IndCovid desta semana. O levantamento é feito por pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (Unifal).
No sul de Minas, a situação epidêmica da covid-19 teve aumento na tendência da média móvel de 7 dias, com crescimento, em todas as Regionais de Saúde, de novos casos, já por 25 dias consecutivos. A média móvel foi de 575 (anterior = 350). Novas internações: sem registro na SES-MG. A região também apresentou aumento de óbitos, com média móvel de 0,0 para 0,3 (comparado a 14 dias anteriores).
As Regionais de Alfenas e Pouso Alegre registraram média móvel de zero em 23 de maio e há 14 dias. Passos apresentou aumento e Varginha estabilidade.
Municípios
Nos 10 municípios mais populosos do sul de Minas houve tendência de aumento nos números gerais da covid-19. Em novos casos, exceto Pouso Alegre com registros não fidedignos e Itajubá com estabilidade, os outros oito municípios apresentaram crescimento. Não houve registro junto à SES-MG das internações. Novos óbitos: os municípios apresentaram queda ou nenhum registro.
Entre os municípios com campus da Unifal-MG na última semana epidemiológica, Varginha apresentou a maior taxa de incidência diária na semana, com 26,7 novos casos por 100.000 habitantes (anterior = 14,5), seguida de Alfenas com 20,9 (anterior = 13,8) e Poços de Caldas com zero (anterior = 11,9). O resultado para Poços de Caldas é reflexo de possível represamento de dados por pelo menos uma semana.
Crescimento contínuo
O Boletim registra que em Minas Gerais o crescimento da média móvel de casos é contínuo há quase um mês. “Ao precoce relaxamento na prevenção e lentidão da vacinação, somou-se o descuido no registro de dados, de novas internações até novos casos. Segundo análise, isso colabora para perdermos o controle da pandemia por mais tempo e a incidência crescente, contínua e por longo tempo traz, entre outros riscos, o de facilitar a chegada do vírus a populações animais, além do homem. Aí, num jogo de vai e vem, além de mutações, aumenta a chance de recombinações genéticas, produzindo variantes mais perigosas para a população humana. Essa, inclusive, é uma possível explicação para o surgimento da própria variante ômicron”.