A quantidade de candidatos a deputado sempre leva a debates acalorados. E o motivo é simples, muito candidato para pouco voto e a consequência é a dificuldade de eleger alguém do nosso interesse.
Não vale aqui discutir sobre a importância de um nome representando a cidade e região no Parlamento. Nos dias atuais a defesa de projetos que entram em pauta no Congresso é fundamental.
Mas por que já tivemos representantes na Câmara e atualmente não temos mais nomes locais? A resposta é simples, houve um aumento de partidos políticos e recursos públicos para as campanhas.
Quando o candidato começava antes a campanha eleitoral sem um tostão no bolso e saía à cata de recurso no mercado a situação era bem diferente. Iniciar uma campanha sempre foi muito complicado quando os recursos apareciam só depois da largada. Isso quando apareciam. Hoje os partidos têm condições de dar o pontapé inicial graças ao recurso destinado às campanhas. Pode não ser suficiente, mas é um começo muito melhor. Recursos de campanha nunca foram suficientes, sempre ficava um resto a pagar que geralmente o eleito dava um “jeito” de quitar a dívida. Do lado dos perdedores a coisa era mais difícil e era comum o calote.
Estamos às vésperas de uma nova eleição e os problemas continuam os mesmos. E não vemos solução para este impasse, pois se houver um recurso, mesmo que pequeno, haverá sempre alguém disposto a gastá-lo.