Dia do Meio Ambiente: viver em harmonia com a natureza é o único caminho
Poços de Caldas, MG – Em 2022, o Dia Mundial do Meio Ambiente completa 50 anos. A data foi criada na Conferência de Estocolmo de 1972, na Noruega, a primeira Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano. Ao longo de cinco décadas, o dia já teve como temas a proteção à camada de ozônio, o combate ao desperdício, a poluição do ar e da água, a desertificação e ameaças à biodiversidade. Este ano, o tema é “Uma Só Terra: vida sustentável em harmonia com a natureza”.
Consumo
Pense em tudo que você compra, usa, descarta – e eventualmente desperdiça. Dependemos da natureza para sobrevivermos, ao mesmo tempo em que tudo aquilo que consumimos e que parece distante do meio ambiente – de um simples chiclete a um automóvel – na verdade exigiu recursos naturais, como matéria-prima, água e energia para ser produzido. Viver em harmonia com a natureza, de forma mais sustentável, portanto, não é apenas o melhor caminho, mas o único modo possível para que haja o suficiente para todos para sempre.
O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, é uma data fundamental para refletirmos sobre a nossa relação com a natureza e sobre como nosso estilo de vida dela depende. Afinal, quando a fauna, a flora, os rios e as matas estão sob risco, por questões como queimadas, desmatamentos, poluição, caça e reflexos do aquecimento global, os ecossistemas entram em desequilíbrio afetando diretamente nossas vidas: no fornecimento de alimentos, na disponibilidade de água potável, na qualidade do ar e até no controle de pestes e doenças.
Cada brasileiro consome, ao longo de sua vida, o equivalente a espantosos 160 andares de recursos naturais. Se o volume de todos esses recursos naturais fosse colocado em tambores de 1,8 metro x 1 metro e empilhados, eles alcançariam a altura do maior edifício do mundo, o Burj Khalifa, em Dubai, que tem mais de 800 metros de altura! Proteger o meio ambiente, preservar ecossistemas e adotar hábitos de consumo mais conscientes e sustentáveis é, portanto, uma tarefa inadiável.
Harmonia
O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo, abrigando cerca de 20% de todas as espécies da fauna e da flora conhecidas do planeta. São mais de 116 mil espécies de animais e mais de 46 mil espécies vegetais, distribuídas por seis biomas distintos, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. Mas, ao mesmo tempo em que podemos nos orgulhar de tanta biodiversidade, precisamos repensar nosso estilo de vida para não prejudicá-la ainda mais e, sim, protegê-la.
O número de animais ameaçados de extinção dobrou de 2014 para 2022 e já contabiliza 1.339 espécies, segundo a Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio). A lista inclui animais que são símbolos do Brasil, como a onça-pintada, o tamanduá-bandeira, a ararinha-azul, o boto-cor-de-rosa e o lobo-guará, em geral vítimas da caça predatória. Mas, fatores como queimadas, desmatamentos, uso de agrotóxicos, poluição e aquecimento global também ameaçam outras espécies.
A borboleta campoleta, que só existe no Rio Grande do Sul, por exemplo, está desaparecendo e se tornando cada vez mais rara nos Pampas. Assim como as abelhas, as borboletas são polinizadores importantes e sua extinção é prejudicial para o equilíbrio da reprodução de plantas com flores silvestres, terras agrícolas e safras alimentares.
No Pantanal Sul-Matogrossense, além da caça ilegal e do avanço da agropecuária, que desmata habitats, recentemente foi identificado mais um fator que coloca em risco as onças-pintadas: o envenenamento por agrotóxicos ilegais.
Além de animais, diversas espécies vegetais também estão em risco em todo o país, como a araucária, o pau-brasil, a bromélia, o jaborandi e o jacarandá paulista. Da Mata Atlântica original, por exemplo, só restaram meros 12,4%, de acordo com o INPE. E estima-se que até 85% das espécies da Amazônia em risco de extinção perderam parte substancial de seu habitat nas últimas décadas, devido a queimadas e desmatamento. O risco ao meio ambiente se estende para nascentes, rios, lagos, mares e oceanos, ampliando a necessidade de uma transição para o desenvolvimento sustentável, em que se estabeleça estilos de vida sem excessos nem desperdícios.
Acesse mais informações no https://passos.akatu.org.br/biodiversidade/
(fonte: www.akatu.org.br)