Cartadas
A composição política para a eleição é uma tarefa que exige muito mais do que apoio político. O que os principais candidatos têm em comum é que além do apoio eles precisam do tempo nas propagandas da TV e também do dinheiro do fundo partidário. A quatro meses da eleição e com a maioria das alianças já encaminhadas, os principais pré-candidatos à presidência preparam suas últimas cartadas para conquistar as legendas que ainda não definiram o caminho a seguir. Essas siglas reúnem tempo nos programas eleitorais de rádio e televisão e recursos provenientes dos fundos eleitoral e partidário.
Caso alguma das siglas entre nas coligações dos pré-candidatos, o tempo de TV nos programas da corrida presidencial fica para a candidatura. Se os partidos não apoiarem nenhum presidenciável, o tempo é dividido entre todos os partidos. Já os recursos do fundo são do partido, que pode incluir o presidenciável que está apoiando ou dedicá-los a seus candidatos a governador e ao Legislativo.
Na lista dos partidos cobiçados estão PSD e Podemos. Ambos chegaram a lançar nomes para presidente, como o presidente do Senado Rodrigo Pacheco, e o ex-juiz Sergio Moro, mas os projetos não vingaram. Agora, os dois partidos negociam se vão apoiar algum dos pré-candidatos.
Nesta corrida tudo tem valor, mas a conquista passa por uma série de negociações que nem sempre são cumpridas, mas que fazem parte da negociação eleitoral.