Vigias impedem furtos no Cemitério da Saudade
Poços de Caldas, MG – Uma experiência feita pela direção do Cemitério da Saudade acabou mostrando bons resultados já na primeira noite de teste. Nesta quinta-feira (9) dois auxiliares de serviços públicos permaneceram de vigias dentro do cemitério durante a noite e isso foi suficiente para perceber a presença de um invasor e impedir que diversos materiais em bronze retirados de jazigos fossem furtados. O autor do crime conseguiu fugir, mas deixou para trás uma mochila com todo o material que seria levado.
De acordo com o gerente do cemitério e dos velórios Deneson Noronha, os furtos já se tornaram recorrentes e só o patrulhamento externo feito ocasionalmente pela Guarda Civil Municipal e Polícia Militar não se faz eficiente para impedir a ação dos criminosos. Ele contou que esta semana, assim como nas anteriores, já havia ocorrido furtos e por esta razão solicitou a dois funcionários municipais que passassem a noite de quinta-feira e madrugada de sexta-feira de vigia para tentar coibir a ação de invasores.
Os vigias chegaram por volta das 20h30 e cerca de uma hora depois começaram a ouvir sons de marteladas. Através do barulho, a dupla foi até o local onde um homem retirava peças de bronze de alguns jazigos e acabaram por afugentar o invasor, que fugiu correndo deixando para trás todo o material que seria furtado.
“Agora já fiz um memorando para o secretário de Serviços Públicos pedindo para mandar dois vigias em definitivo para o cemitério. Acredito que o invasor de ontem não volte mais, sabendo que ele pode ser surpreendido. Mas não sabemos se há outras pessoas praticando o mesmo tipo de crime e a medida de manter os vigias é uma boa solução para o caso”, disse Noronha.
Sobre os recentes casos de depredação, quando um rapaz com transtornos mentais foi identificado e preso, o gerente explicou que o problema, aparentemente, foi solucionado. “Desde então o rapaz não retornou mais para o cemitério e as depredações não voltaram a acontecer. No caso de agora se trata de outra pessoa. O invasor não danifica as estátuas. Ele está interessado em furtar as peças que são derretidas e vendidas para quem mexe com fundição e ferro-velho para, provavelmente, conseguir dinheiro para comprar drogas”, esclareceu. Segundo Noronha, há tempos a direção do cemitério vem orientando os proprietários de túmulos a não utilizar vasos de bronze e sim peças de granito e que as placas dos túmulos sejam confeccionadas em metal que é um material de baixo valor comercial que não é atrativo aos criminosos.
O projeto de revitalização do local, que dentre outras coisas prevê a instalação de câmeras e iluminação de todo o cemitério, segundo o gerente, ainda está em fase de orçamento.