MultiTEA da Unimed realiza festa junina para crianças e familiares
Poços de Caldas, MG – Foi realizada na última sexta-feira (10) uma festa junina para as crianças atendidas pelo Centro Multidisciplinar do Transtorno do Espectro Autista (MultiTEA) da Unimed. “Toda primeira sexta-feira de cada mês organizamos um café com os familiares e, desta vez, aproveitando o período decidimos fazer algo temático. Os pais e responsáveis compraram a ideia e nos ajudaram na organização, trazendo várias guloseimas e comidas juninas” conta a pedagoga e psicóloga Michele Fernandes Vieira. Além de paçoca, milho cozido e uma variedade em bolos e salgados, o evento ainda contou com cama elástica e piscina de bolinha para as crianças.
Atualmente, a equipe MultiTEA atende cerca de 50 crianças com recursos para estímulo das habilidades motoras e desenvolvimento nos aspectos sensorial, perceptivo, motor e cognitivo, coordenados por profissionais das áreas de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e nutrição. “Meu filho Miguel, de 13 anos, recebeu o diagnóstico de autismo no início deste ano e o psiquiatra encaminhou ele para cá [MultiTEA]. Começamos os atendimentos em março e já percebi um avanço em algumas habilidades. Acredito que vários profissionais juntos, conversando entre si e acompanhando o caso, é fundamental” explica Gisele Vieira Hartmann.
O Nicolas Tanaka – conhecido nacionalmente pela resposta “sincerona” sobre a vacinação contra covid – recebeu o diagnóstico de autismo próximo à pandemia e acabou ficando muito tempo em casa. Assim que houve a possibilidade de voltar às atividades, a avó procurou um local em que ele pudesse ser acompanhado. “Optei pelo MultiTEA justamente por conta da proposta de todas as especialidades estarem concentradas em um único local. Só tenho elogios para a equipe, o espaço, atendimentos e, principalmente, sobre este olhar que tiveram com as crianças de espectro autista” agradece Luciana Tanaka.
Em apenas três meses, o Nicolas conseguiu apresentar melhoras no comportamento. “Durante o isolamento, ele ficou muito ansioso e após as terapias tranquilizou em relação a isso. Meu neto ama fazer os atendimentos, conversa e fez até amigos – olha que um autista fazer amizade não é fácil”, conta, aos risos, a dona de casa.
As famílias das crianças atendidas também recebem acompanhamento, inclusive com reuniões mensais para troca de experiências entre os pais e responsáveis. “Eu brinco que receber o diagnóstico de autismo é como pegar um avião para pilotar, sem manual de instrução ou ter feito isso antes. Quando encontramos uma equipe para dar um apoio, fica mais leve e suave” finaliza Luciana.