Dupla acusada de assassinato na zona sul é detida pela Polícia Civil

Poços de Caldas, MG – Um homem foi preso e um adolescente apreendido, na manhã desta quarta-feira (15), por suspeita de envolvimento em um assassinato ocorrido mês passado na zona sul da cidade. A dupla, segundo a Polícia Civil, é acusada de linchar Cleyton Magno de Souza, 32 anos, na tarde do dia 17 de maio, no bairro Jardim Kennedy 2. A vítima chegou a ser socorrida em estado gravíssimo, mas não resistiu ao ferimentos e morreu horas depois de ter dado entrada na Santa Casa.

Os nomes e idades dos acusados não foram divulgados. Segundo a assessoria de imprensa do 1o. Departamento de Polícia Civil (DPC), os mandados de prisão temporária e de internação dos suspeitos foram cumpridos após finalização do inquérito policial, que concluiu pelo envolvimento de ambos no homicídio. “De acordo com os levantamentos, vários indivíduos agrediram a vítima com ferramentas, a qual faleceu no local. A partir da instauração do inquérito policial para elucidação dos fatos, a Polícia Civil representou à Justiça pelas cautelares, que foram devidamente decretadas. A investigação continua com o objetivo de identificar e prender os demais envolvidos”, informou em nota a assessoria.

O crime

O linchamento ocorreu por volta das 16h, rua Estanho, Jardim Kennedy 2. Testemunhas relataram que Souza foi violentamente agredido por um grupo de aproximadamente cinco pessoas armadas com picareta, pá e enxada.

A vítima apresentava traumatismo craniano grave, perfuração no pulmão e ferimentos generalizados, vindo a falecer no mesmo dia em que ocorreu o linchamento.

Pessoas que não quiseram se identificar, por medo de represálias, disseram à Polícia Militar que a motivação do crime seria pelo fato de os agressores acreditarem que a vítima era autora de furtos ocorridos naquele bairro.

Como as ferramentas usadas na agressão, descritas por denunciantes, são as mesmas utilizadas na construção civil, uma equipe foi até uma obra, próxima ao local do crime, onde encontrou uma pá com vestígios de sangue. O responsável pela obra, ao ser questionado, disse que um dos funcionários deixou a ferramenta ali, após o término do horário de trabalho. A pessoa em questão não estava mais na obra e nem foi localizada pela PM na ocasião.