Poços tem o maior potencial de consumo entre as cidades do sul de Minas Gerais
Poços de Caldas, MG – Poços de Caldas aparece em recente pesquisa feita pela IPC Marketing Editora como a melhor cidade do sul de Minas em potencial de consumo. Em todo o Estado a cidade está na décima terceira colocação, superando grandes cidades mineiras. No cenário nacional, Poços está na 141ª colocação. Chama a atenção o número de empresas registradas, 21.554, que atendem uma população de 170.993 pessoas, sendo que 166.126 vivem na área urbana e outros 4.867 estão na zona rural. O consumo per capita mostra que a média na área urbana é de R$ 37.093,23 e na zona rural R$ 15.799,88. O Mantiqueira conversou com o secretário de Governo Paulo Ney, que destacou os números e disse que o crescimento da cidade está só começando. Segundo ele, diversas empresas estão interessadas em vir para a cidade, muitas delas em negociações, porém, devido ainda não terem assinado nada a administração não pode entrar em detalhes. “Estes números nos deixam satisfeitos pois mostram que a cidade está tendo um reconhecimento. Mas é preciso destacar que não se trata de um fato isolado, mas sim resultado de um conjunto de trabalho que vem acontecendo. Cito como exemplo a pandemia, quando muitas cidades estavam preocupadas com outras questões e Poços se antecipou fazendo um plano de recuperação econômica”, disse Paulo Ney. De acordo com ele, este foi o grande diferencial que colocou Poços de Caldas em posição de destaque em comparação com diversas cidades brasileiras. “A gente vê o número desta pesquisa e é visível que todas as cidades à frente de Poços de Caldas são de porte maior, muitas com mais do dobro do tamanho e mesmo assim aparecemos entre elas em potencial de consumo”, falou o secretário, citando ainda que estes números positivos se confirmam com o Caged, que sempre destaca Poços de Caldas com números bastante expressivos na geração de emprego. “Nesta questão de empregos estamos ficando um pouco atrás de Extrema, mas vale destacar que aquela é uma cidade totalmente industrial e por isso leva certa vantagem, mas Poços de Caldas vem conseguindo acompanhar os números e se destacando muito na região”, falou.
Futuro
O secretário lembra que muita coisa boa está por vir e com isso estes números serão ainda mais destacados, já que o impacto na geração de empregos será bem grande. “O Distrito Industrial é hoje um verdadeiro canteiro de obras e ao ver os números desta pesquisa a gente sabe que eles vão aumentar bem mais e Poços tem tudo para ganhar novas colocações”, disse Paulo Ney. O Mantiqueira questionou sobre as novas empresas que estão chegando, dentre elas uma que vai fabricar latas de alumínio para a cervejaria Heineken, que será instalada na cidade de Passos. “Como disse, não podemos entrar em detalhes ainda, mas além desta empresa de latas temos outras em negociação, mas temos que tratar tudo dentro dos protocolos do governo do Estado e do município. Porém, nos próximos meses deveremos ter boas possibilidades”, disse o secretário.
Nacional
Aquém das expectativas, o consumo das famílias deve movimentar cerca de R$ 5,6 trilhões ao longo deste ano no Brasil – o que representa um aumento real de apenas 0,92% em relação a 2021, a uma taxa positiva de 0,42% do PIB. A estimativa é do estudo IPC Maps 2022, especializado há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais.
Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, esse resultado é reflexo da lenta recuperação pós-crise pandêmica agravada pelo atual cenário de confronto entre Rússia e Ucrânia, na Europa.
Diante disso, o levantamento mostra como o perfil empresarial brasileiro foi afetado, com o fechamento de mais de 1,1 milhão de empresas de 2021 para cá.
Perfil básico
O Brasil possui cerca de 215 milhões de cidadãos. Destes, 182,2 milhões moram na área urbana e são responsáveis pelo consumo per capita de R$ 28.708, contra R$ 12.614 gastos individualmente pela população rural.
Mercados potenciais
O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros equivale a R$ 2,2 trilhões, ou 39,5% de tudo o que é consumido no território nacional. De 2021 para 2022, os 12 principais mercados se mantiveram em suas posições, sendo, em ordem decrescente: São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ, Brasília-DF, Belo Horizonte-MG, Salvador-BA, Curitiba-PR, Fortaleza-CE, Porto Alegre-RS, Goiânia-GO, Manaus-AM, Campinas-SP e Recife-PE. Outras capitais, como Belém-PA (13º), Campo Grande-MS (16º) e São Luís-MA (20º) também se sobressaem nessa seleção, bem como as seguintes cidades metropolitanas ou interioranas: Guarulhos (14º), São Bernardo do Campo (15º), Ribeirão Preto (18º) e Santo André (19º), no Estado de São Paulo; e São Gonçalo (17º) e Duque de Caxias (28º), no Rio de Janeiro.
Hábitos de consumo
O trabalho detalha, ainda, as preferências dos consumidores na hora de gastar sua renda. Dessa forma, nota-se o aumento de gastos com carro próprio (11,5%), ultrapassando inclusive, os desembolsos com alimentação no domicílio e bebidas (10,5%). Mesmo assim, os itens básicos seguem como prioridade, com grande vantagem sobre os demais: 25,6% dos desembolsos destinam-se à habitação (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás); 18,2% outras despesas (serviços em geral, reformas, seguros etc.); 6,6% são medicamentos e saúde; 4,6% alimentação fora de casa; 3,8% materiais de construção; 3,4% educação e vestuário e calçados; 3,3% recreação, cultura e viagens e higiene pessoal; 1,5% transportes urbanos, móveis e artigos do lar e eletroeletrônicos; 0,5% para artigos de limpeza; 0,4% fumo; e finalmente, 0,2% referem-se a joias, bijuterias e armarinhos.
Faixas etárias
A população de idosos continua crescendo, chegando à margem de 32,4 milhões em 2022. Na faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, esse índice passa de 129 milhões, o que representa 60,1% do total de brasileiros, sendo mulheres em sua maioria. Já, os jovens e adolescentes, entre 10 e 17 anos, vêm perdendo presença e somam 23,9 milhões, sendo superados por crianças de até 9 anos, que seguem na média de 29,4 milhões.
Paulo Vitor de Campos
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Com informações da IPC Marketing Editora