Empresário que mandou matar ex-companheira é encontrado morto
Poços de Caldas, MG – O empresário João Batista dos Reis, mais conhecido como “João do Papelão”, de 63 anos, foi encontrado morto, domingo (31) à tarde, em uma chácara de sua propriedade, no município de Caldas. Ele foi condenado a 18 anos de prisão, em 2017, por ter encomendado a morte da ex-companheira Andréa Araújo de Almeida, em 2014, e aguardava recurso da sentença em liberdade.
Reis morreu de causas naturais. Um vizinho teria ido na manhã de domingo à chácara do empresário, mas achou que não havia ninguém no imóvel. Este mesmo vizinho voltou à tarde e como ninguém atendeu a porta, resolveu olhar por uma janela e viu o corpo do amigo caído próximo à porta de entrada. Ele então ligou para a filha do empresário que acionou socorro e autorizou que a porta da casa fosse arrombada. Uma equipe da Santa Casa de Caldas esteve na chácara constatando a morte de Reis.
A Polícia Militar isolou o local para realização de perícia e, após concluídos os trabalhos, o corpo foi liberado para a funerária que o encaminhou ao IML de Alfenas.
Crime e condenação
A morte de Andrea teve grande repercussão pelo modo cruel como ela foi executada. A vítima era servidora pública, viveu 12 anos com o empresário e travava com ele uma briga judicial pela partilha de bens, uma vez que, segundo foi apurado na época pela polícia, era dono de uma fortuna avaliada em R$ 70 milhões. Ela pleiteava na justiça o valor de R$5 milhões e uma pensão de R$10 mil, valores muito acima dos R$500 mil oferecidos por Reis e pensão de R$5 mil.
De acordo com a polícia, o empresário teria então contratado dois matadores de aluguel da cidade de Cândido Sales, no interior da Bahia, para matar Andrea. O valor acertado pelo crime foi de R$ 50 mil.
Reis, ainda de acordo com a polícia, teria contado com a ajuda da faxineira de sua casa e do marido dela para contratar os matadores. Os criminosos, ambos com vasta ficha criminal, vieram então para Poços, onde raptaram a vítima e a executaram com um tiro na cabeça. Depois a dupla voltou para a região Nordeste, onde, tempos depois acabou sendo presa.