Escritora Carol Meyer lança o livro “Ave Marias” em Poços de Caldas
Poços de Caldas, MG – Em meio a uma dura realidade enfrentada pelas mulheres, com o crescimento de casos de violência no país e destaque dramático para os feminicídios, a obra Ave Marias, da escritora mineira Carol Meyer, revela-se não só atual, mas fundamental. O livro de contos, que tem como pano de fundo a violência contra a mulher, será lançado durante a 17ª edição do Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços), que vai ocorrer entre os dias 3 e 11 de setembro.
Carol Meyer vai participar de duas mesas de debate: As personagens femininas no romance contemporâneo, no dia 6 de setembro, às 14h30; e A mulher na literatura, dia 7, às 16h30. Após o encerramento do segundo encontro, haverá o lançamento do livro com uma sessão de autógrafos.
Ave Marias (Astrolábio Edições, 2021, 352 páginas) é o livro de estreia da também comunicadora e consultora de imagem Carol Meyer. São 12 contos que mesclam realidade e ficção, narrando histórias de mulheres comuns, violentadas física ou emocionalmente. Uma trágica realidade que vemos diariamente nos noticiários e traz Minas Gerais no topo do ranking como o Estado que mais registrou feminicídios em 2021, de acordo com o 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
“O livro apresenta 12 Marias. 12 histórias críveis e incríveis de mulheres que, apesar da violência sofrida, não desistem do amor. E acabam se contentando com um pouco de atenção, desiludidas que já estão. Aprisionadas por tradições ou relacionamentos abusivos, se atrevem a sobreviver quando sonham em sentir o gosto da liberdade”, afirma a autora.
A autora afirma que cada uma de suas “Marias” tem um pouco dela mesma e de muitas outras mulheres que passaram pela sua vida. Mas não só elas vão se identificar. A leitura torna-se ainda mais necessária para os homens: “São mulheres conhecidas ou imaginárias. De choros sonoros ou gritos abafados. Elas são filhas, mães, esposas, amigas, colegas, vizinhas… Que moram ao lado ou do outro lado do mundo. Notórias ou invisíveis, mas que não desistem de ser o que são. Não abaixam a cabeça e não perdem a alegria.”