Poços de Caldas participa de movimento nacional em defesa da Educação
Poços de Caldas, MG – Da redação – Estudantes, professores e trabalhadores da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSuldeMinas) participaram, nesta quinta-feira (18), às 15h, de ato em defesa da Educação e contra o contingenciamento dos recursos das universidades federais. A manifestação começou na Urca com uma mostra científica e os participantes seguiram em passeata até o Terminal de Linhas Urbanas.
De acordo com Clauderson Black, estudante da Unifal e membro do Diretório Acadêmico Unificado da universidade, o ensino público vem sendo desmontado com o corte de verbas. “O governo não busca garantir uma condição mínima de funcionamento de uma área tão estratégica para o desenvolvimento nacional, que é a Educaçao”, diz.
Ele explica que esses cortes acarretaram o fechamento de restaurantes universitários, cortes de bolsas de pesquisa e extensão e obrigaram as universidades a demitirem funcionários do setor de segurança, limpeza e de outras atividades fundamentais.
O estudante também lembra que o município tem se omitido quanto à garantia da permanência dos estudantes nas universidades. “Nosso direito já conquistado do meio-passe está sendo negado pela Floramar e a prefeitura tem fechado os olhos a isso”. O meio-passe estudantil está garantido nas leis nº 8668 e 8486, de 29 de maio de 2010.
O ato fez parte de uma agenda nacional e ocorreu em mais de 100 cidades brasileiras. Em Poços de Caldas foi organizado pelo movimento estudantil do IFSuldeMinas, Unifal e PUC.
O Ministério da Educação (MEC) foi o que teve maior redução no orçamento nos últimos quatro anos. Apenas em 2022 foram mais de R$ 433 milhões cortados das universidades e institutos federais. Um novo corte foi anunciado pelo Ministério da Economia no final de setembro, mas posteriormente suspenso. Ele afetaria em cheio as universidades federais, impedindo, em muitos casos, seu funcionamento.