Copa do Mundo vai movimentar R$ 141 milhões no varejo mineiro, segundo pesquisa
Belo Horizonte, MG – A um mês do início da Copa do Mundo 2022, a expectativa é que o evento movimente a economia brasileira. Em Minas Gerais, os empresários do comércio têm boas perspectivas para as vendas que envolvem a principal competição de futebol do planeta, realizada este ano no Qatar, de 20 de novembro a 18 de dezembro. A estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de um impacto positivo de R$ 141 milhões no varejo do Estado, um aumento nominal de 12,96%, frente ao mundial de 2018.
No ranking geral, Minas ocupa a segunda posição, acumulando 9,5% da receita prevista para o país, atrás apenas de São Paulo (34,9%). A projeção da CNC é de um acréscimo de, aproximadamente, R$ 1,48 bilhão no faturamento do comércio varejista brasileiro em função das vendas antes e durante o Mundial.
Essa expectativa de injeção de recursos no Estado é confirmada pela Pesquisa “Opinião do Comércio Varejista – Copa do Mundo 2022”, realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos, da Fecomércio MG. Segundo a pesquisa, cerca de 43% das empresas do comércio estadual acreditam que serão impactadas pelo mundial de 2022. Pela proximidade com datas importantes para o calendário varejista, os empresários foram questionados quanto a possibilidade de o período afetar as vendas da Black Friday e do Natal. Entre os empresários impactados pela Copa, 47,3% afirmaram que o período irá influenciar as vendas da Black Friday de forma positiva. Outros 16,3%, por outro lado, relataram que a influência será negativa. Para Guilherme Almeida, economista da Fecomércio MG, “a principal preocupação surge no tocante ao processo de transferência da demanda, com consumidores adquirindo bens e serviços antes da data comercial, provocando um efeito esvaziamento na Black Friday”.
Natal
Em relação ao Natal, aproximadamente 22% dos empresários creem que o período da Copa do Mundo irá influenciar positivamente nas vendas da data mais importante do ano. O impacto será entre 10% e 25% no volume vendido, para 25% desses empresários. Por outro lado, cerca de 12% dos empresários acreditam que as vendas da Copa do Mundo irão influenciar negativamente no desempenho do Natal.
Visando atrair os clientes, a maioria dos empresários irá investir em divulgações e propagandas, seguidas das tradicionais ações promocionais e de liquidações. Pouco mais de 18% dos empresários pretendem investir no mix de produtos e outros 4% concederão brindes ao seu público. Diante de tais ações, os varejistas acreditam que o gasto médio por consumidor será de R$50,00 a R$100,00 (23%) e R$100 a R$250 (15,8%).
A perspectiva da CNC é de que o ramo de móveis e eletrodomésticos, em que se concentram as vendas de televisores, responda por 34% do faturamento, decorrente do evento. Logo atrás, artigos de uso pessoal e eletroeletrônicos devem garantir 22% do faturamento. Completam o ranking os segmentos de vestuário e calçados (21%) e hiper e supermercados (17%). Naturalmente, outros segmentos podem se beneficiar do período