Projeto mantém viva a milenar arte da capoeira no Chácara Alvorada

Poços de Caldas, MG – Quando a solidariedade faz parte do DNA não tem jeito, as pessoas sempre arrumam um modo de ajudar os outros. É assim que age um grupo de jovens do Centro de Ensino, Educação e Pesquisa Capoeira. Este grupo que tem suas ações no bairro Chácara Alvorada, onde meninos e meninas em contraturno escolar aprendem um pouco desta arte milenar, participando de demonstrações e competições. No local, as crianças e adolescentes almoçam e tomam lanche. Tudo faz parte do projeto Capoeira e Cidadania, coordenado pelo mestre Vagner Carvalho em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes e prefeitura, através de um Termo de Colaboração. Segundo Vagner, o objetivo do projeto é transmitir valores como socialização, respeito para que se tornem cidadãos de bem através do esporte, entre outros benefícios. “Fazemos um trabalho no contraturno escolar para que desta forma eles não fiquem com tempo ocioso. A alimentação de qualidade ainda ajuda no bom desempenho da prática esportiva. Todos adoram estar aqui”, disse o mestre Vagner Carvalho.

Visita

A reportagem do Mantiqueira foi até o local conhecer o trabalho que vem se tornando uma referência na cidade. Conversamos com o professor Iuri Julierme de Mello Pena, que é um dos monitores responsáveis pelas aulas de capoeira para os jovens. “O aluno chega pela manhã e a gente oferece a alimentação, um cardápio balanceado com café da manhã, almoço e café da tarde”, destacou Iuri. A alimentação sempre acontece respeitando os intervalos para as atividades físicas. Ainda no local há treinamentos acrobáticos, musicalização em atividades realizadas em dois períodos. Uma turma fica pela manhã e outra à tarde. A escola foi fundada em 14 de janeiro de 2008 e de lá pra cá já formou uma infinidade de alunos que hoje dominam a arte milenar da capoeira. Além de Iuri e o mestre Vagner Carvalho, o projeto Capoeira e Cidadania conta com os trabalhos de Vanessa de Cássia Carvalho, que cuida da parte administrativa, Reginaldo Alves Nascimento, monitor, Brando Luiz Mendes, monitor, e Fábio de Paula Ramos, monitor. O projeto atende cerca de 70 alunos desde os seis anos de idade até 17 anos.  Adultos são atendidos no período noturno.  “As pessoas tomam conhecimento do nosso trabalho quando somos chamados para palestras em escolas da cidade, quando a gente fala sobre a cultura afro-brasileira e quando a gente participa destas ações. Os alunos se interessam e a gente acaba captando este aluno já que é muito importante fazer este resgate nos dias de hoje. O esporte é o maior meio de ajudar os jovens e as crianças das dificuldades deste mundo”, destacou Iuri. “O principal da capoeira, além desta parte esportiva, é sua história cultural e isso fica bem destacado nos eventos em que a gente participa. É um intercâmbio cultural que conta com a participação de mestres mais antigos de fora que destacam ainda mais esta cultura para os jovens. É uma maneira de manter sempre viva esta cultura brasileira”, finalizou Iuri.

O Centro de Ensino, Educação e Pesquisa Capoeira fica na rua Mário Matioli, 210, Chácara Alvorada. Entre os recentes eventos realizados na cidade, eles estiveram presentes numa apresentação na praça Pedro Sanches pelos Jogos Solidários e também participaram de uma atividade solidária organizada pelo Grupo Curimbaba na zona sul.

Paulo Vitor de Campos

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