Quebrado
A “guerra” de informações continua mesmo com o fim da campanha eleitoral. A última tacada do novo governo que assume em janeiro foi declarar que o país está quebrado. É comum que os novos governantes que vão assumir façam declarações deste tipo. É até uma maneira de entrar no governo com um pé atrás e ter uma desculpa mais para frente em relação às finanças e problemas futuros.
Mas o governo atual não deixou sem resposta e mandou para o mercado uma declaração sobre o assunto.
“Diante da recente série de declarações infundadas sobre o atual cenário econômico, o Ministério da Economia faz os seguintes esclarecimentos: As declarações de que o Estado Brasileiro está “quebrado” não são compatíveis com a realidade. A Dívida Bruta do Governo Geral deverá terminar o ano representando 74% do Produto Interno Bruto (PIB) e superávit primário de R$ 23,4 bilhões, o primeiro desde 2013 (Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias — 5º Bimestre de 2022). Será o primeiro governo que encerra o mandato com endividamento em queda: em 2018, a relação dívida/PIB chegou a 75,3%. Demais países emergentes e desenvolvidos têm projeções de crescimento de dívida entre 10,6 pontos e 8,5 pontos percentuais, respectivamente, em comparação com as taxas observadas antes da pandemia. Governos anteriores ampliaram a relação dívida/PIB em quase 20 pontos do PIB sem enfrentar pandemias ou guerras como a vista no Leste europeu, sem que esses recursos se traduzissem em efetiva melhora na qualidade de vida da população”, diz a nota.
Isso não quer dizer que ficou o dito pelo não dito, faz parte da transição criticar o anterior e vice e versa. O maior problema é a população, que fica sem saber em quem acreditar.