Hematologista da Unimed Poços fala sobre a importância da doação de medula óssea
Poços de Caldas, MG – Mais de quatro milhões de pessoas estão cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), sendo o Brasil o terceiro maior banco de doadores do mundo. Ainda assim, as chances de encontrar um doador compatível é de uma em 500 mil pessoas. Entre irmãos, as chances aumentam para 30%.
Com o objetivo de conscientizar e esclarecer a sociedade sobre a importância da doação e do transplante de medula óssea foi estabelecida a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. “O transplante de medula óssea é indicado quando precisamos fazer uma quimioterapia muito intensiva, que elimina as células cancerígenas e também as células boas da fábrica do sangue. Nesse momento é preciso receber a medula de um doador para que ela passe a fabricar as células necessárias para nossa sobrevivência” explica a hematologista cooperada da Unimed Poços Melina Salvi Dias Athayde.
Pessoas em tratamento de doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico podem ter o transplante como única esperança de cura. As principais são leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas), dentre outras. “Quando um paciente precisa do transplante, se ele não receber, infelizmente não sobreviverá. Para isso, quanto mais pessoas se cadastrarem no banco de medula, mais chance teremos de salvar a vida de quem precisa”, ressalta a hematologista.
Como se tornar
um doador
Há alguns critérios definidos pelo Ministério da Saúde para o processo de doação de medula óssea, como por exemplo, ter entre 18 e 35 anos de idade, estar em bom estado de saúde, preencher uma ficha com informações pessoais e coletar uma amostra de sangue com cinco ml para testes de compatibilidade. As informações pessoais são inseridas no banco de dados do Redome e o cadastro ficará ativo até os 60 anos de idade do doador. Em caso de compatibilidade, o órgão entra em contato para informar. “A doação é super segura. É feita de duas possíveis formas: através da punção de um osso da bacia, estando o doador sedado, ou através da punção de uma veia, como na doação de sangue. Não causa danos, sequelas e o doador recupera toda a sua medula em poucos dias. Posso dizer que a maior consequência de quem doa sangue e medula óssea é a sensação de plenitude por ter salvado a vida de alguém” aponta Melina Athayde.