Buscas a poços-caldense que caiu com carro no Rio Mogi Guaçu são suspensas
Poços de Caldas, MG – Após 15 dias, equipes do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo e região, suspendem buscas pelo jovem poços-caldense Guilherme Henrique de Jesus, que caiu no Rio Mogi Guaçu no início do ano.
De acordo com a corporação todos os meios disponíveis se esgotaram, dentre eles um “super-imã” e um sonar 3D acoplado a um jet ski, emprestado pela Universidade de São Paulo – USP para mapear o leito do rio, foram utilizados nas buscas.
Em nota os oficiais disseram: “Em 16 de janeiro de 2023, após 15 dias de buscas intensas pelo Corpo de Bombeiros, houve a suspensão ativa das buscas pelo veículo por tempo indeterminado tendo em vista o esgotamento de todos os meio possíveis.”
“Nossa vontade seria encontrar, ter uma resposta, que seja a pior, para poder encerrar esse ciclo, se despedir e tentar seguir a vida. Infelizmente não é a realidade. Mas estou me preparando até para a possibilidade de não encontrar, se essa for a vontade de Deus”, lamenta o pai, Robson Vanderlei de Jesus, de 41 anos.
Em declaração à imprensa o pai de Guilherme disse ser difícil aceitar a interrupção, mas o que poderia ser feito, foi feito. “Não tenho o que contestar o Corpo de Bombeiros”, lamenta Robson, dividido entre dor e resignação, pela decisão da corporação.
ENTENDA
O poços-caldense Guilherme Henrique de Jesus e o veículo VW Gol conduzido por ele desapareceram na manhã de segunda-feira (02). O jovem de 21 anos sofreu um acidente na volta para Campinas-SP após passar o Réveillon em Poços de Caldas-MG.
Guarnição do Corpo de Bombeiro de Mogi Guaçu-SP com apoio de bombeiros da região paulista fizeram desde então buscas no Rio Mogi Guaçu sem sucesso. O alto volume de chuva e a forte correnteza dificultam o trabalho das equipes de busca.
Segundo familiares o jovem participou das festividades de fim de ano em Poços e voltava para Campinas quando desapareceu.
A PM Rodoviária comunicou que o veículo trafegava pela Rod. Gov. Dr. Adhemar Pereira de Barros (SP-340) quando, por motivos ainda a serem apurados, invadiu o canteiro central e em seguida caiu no rio Mogi Guaçu. O acidente ocorreu na altura do km 169. A Renovias, concessionária que cobre o trecho, comunicou que o acidente ocorreu após o veículo colidir com uma placa.
Segundo as equipes de busca, a formação do rio e a força da correnteza devido às chuvas do início do mês dificultaram as buscas. Em alguns locais a profundidade do rio Mogi Guaçu chega a 10 metros. A corrente é mais forte por causa da estação chuvosa.
“O rio tem um leito rochoso e não é constante, tem uma variação muito grande de profundidade, tem muitas deformidades que dificultavam essa pesquisa, além de ele estar com uma correnteza muito forte devido à época de chuvas. A velocidade do rio no fundo é muito maior ainda do que na superfície”, explicou o tenente Pedro Borges.