Brasil disputa Sul-Americano de Cross Country como favorito em Poços
Poços de Caldas, MG – Com a participação de 67 atletas de seis países, o Campeonato Sul-Americano de Cross Country será disputado neste domingo (22/1) em Poços de Caldas (MG). Os corredores de Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia e Venezuela enfrentarão um circuito de 2 km, totalmente gramado, no Parque Ecológico Jardim Esperança, bem próximo ao aeroporto municipal.
O Campeonato Sul-Americano de Cross Country é um evento da Atletismo Sul-Americano, com realização da CBAt e apoio da Prefeitura Municipal de Poços de Caldas e da Federação Mineira de Atletismo.
Os interessados da cidade e da região poderão acompanhar a competição no percurso de maneira gratuita, sem a necessidade de apresentação de ingresso. Os fãs do atletismo poderão também conferir o desempenho ao vivo dos melhores atletas do continente por meio do Canal do YouTube da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), que fará a transmissão ao vivo, a partir das 7:30 e até pouco depois do meio-dia.
A competição é importante por ser classificatória para o Campeonato Mundial de Cross Country de Bathurst, na Austrália, marcado para o dia 18 de fevereiro. O queniano Paul Tergat, um velho conhecido dos brasileiros – venceu cinco vezes a São Silvestre –, será o embaixador da World Athletics no evento.
Para o treinador-chefe da seleção brasileira, Adauto Domingues, o Brasil deverá ir bem. “Estou apostando nos brasileiros para vitórias individuais. Por equipes, como estamos com time completo, deve dar Brasil também”, comentou Adauto, bicampeão pan-americano dos 3.000 m com obstáculos e mentor do maratonista Marilson Gomes dos Santos, bicampeão da tradicional Maratona de Nova York e três vezes campeão da São Silvestre.
“O legal é trabalhar para criar a cultura do cross. É ter o cross country como meio de preparação dos fundistas, como é em todo o mundo. O cross é uma ferramenta importante para a preparação de um bom fundista”, disse o treinador.
Os campeões da Copa Brasil Loterias Caixa de Cross Country, que foi seletiva para o Sul-Americano de Cross, estão confirmados, assim como outros fundistas importantes, que se qualificaram na competição realizada no dia 11 de dezembro, em Bragança Paulista (SP).
Entre as atrações na categoria feminina estão Jéssica Ladeira Soares (FECAM/ASSERCAM-PR), campeã brasileira; Maria Lucineida Moreira (AAPD-PE), campeã sul-americana e pan-americana; e Núbia de Oliveira (APA Petrolina-PE), vice-campeã sul-americana e pan-americana e campeã da Copa Brasil de 2020.
“Fiz uma boa preparação para o Sul-Americano, espero fazer uma excelente prova, e mais uma vez ganhar medalha na competição”, disse Núbia de Oliveira. “Quero conquistar a tão sonhada vaga para o Mundial da Austrália”, completou a baiana de 20 anos.
Já mineira Jéssica Ladeira, a atual campeã brasileira, garante está bem treinada, neste início de ano, em Ubá (MG). “Estou bem preparada e quero fazer uma grande prova e representar bem o Brasil. Se Deus quiser o objetivo é conquistar uma medalha e a vaga para o Mundial de Cross”, disse, referindo-se à competição marcada para o dia 18 de fevereiro, em Bathurst.
Serão convocados os atletas campeões sul-americanos, nas provas individuais do adulto e do sub-20, desde que sejam cumpridos os requisitos da World Athletics.
No masculino, o destaque brasileiro é Fábio Jesus Correia (São Paulo/Kiatleta-SP), campeão da Copa Brasil Loterias Caixa no adulto, o brasileiro mais bem colocado na São Silvestre, dia 31 de dezembro, em São Paulo, e na Corrida de Reis, dia 15 de janeiro, entre Várzea Grande e Cuiabá. “O Sul-Americano é meu objetivo neste início de temporada porque quero representar o Brasil no Mundial”, comentou o baiano de 23 anos.
Outra atração é Marciel Miranda de Almeida (CARN-RN), vice-campeão na Copa Brasil de Cross de 2022, em Serra (ES), e de 2023, em Bragança Paulista. O potiguar está animado. “Não participo de nenhuma prova desde Bragança. Quero fazer meu melhor. Sei que vai ser um pouco forte, mais estamos preparados para representar o Brasil da melhor forma possível”, disse Marciel, de 26 anos, que foi medalha de bronze no Sul-Americano de Serra.