Força
A eleição para o presidente do Senado mostrou o poder do grupo político ligado a Jair Bolsonaro, mesmo após sua derrota nas eleições presidenciais de 2022. A situação foi surpreendida com a votação da oposição e esperavam uma vitória com uma margem maior. Rodrigo Pacheco foi reeleito com 49 votos, graças ao inédito apoio do PT e do empenho do presidente liberando até ministros para ajudar na eleição. O oponente de Pacheco, Rogério Marinho, teve 32 votos. A oposição agora tem poder suficiente para solicitar uma CPI ou pressionar a presidência do Senado. Isto mesmo, tem poder até para conseguir emendas constitucionais. Isto indica que a negociação com a oposição será bem mais complicada do que o previsto pela situação e, se houver divisão na base governista, o que é normal no decorrer de um mandato, a situação pode complicar ainda mais. Marinho afirma que sua função é fiscalizar e debater com o governo, ou seja, mantém um discurso moderado, mas é sabido que na hora do jogo tudo pode mudar. O mandato promete trazer mais tensão para o Senado. A situação tem uma posição mais delicada porque entrar na eleição de corpo e alma sempre inclui atender os interesses particulares dos parlamentares. E a cobrança é certa. É esperar para ver.