Com taxa de 8,4%, desemprego fica estável no trimestre encerrado em janeiro
Brasília, DF – A taxa de desocupação no Brasil, que mede o desemprego no país, ficou em 8,4% no trimestre encerrado em janeiro de 2023, de acordo com dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE. Essa taxa representa uma estabilidade na comparação com o trimestre anterior, encerrado em outubro de 2022, quando ficou em 8,3%, e é a menor para o período (novembro a janeiro) desde 2015. Além disso, houve uma queda de 2,9 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Embora a taxa de desocupação tenha se mantido estável, o contingente de pessoas desocupadas no trimestre foi de 9,0 milhões, o mesmo do trimestre terminado em outubro. No entanto, em comparação anual, houve uma queda de 3 milhões de pessoas na condição de desocupadas, quando havia 12 milhões de pessoas nessa situação.
Segundo a coordenadora da Pnad Contínua, Adriana Beringuy, essa estabilidade pode ser uma repercussão da redução da procura por trabalho nos meses de novembro e dezembro de 2022 sobre o início de 2023. Por outro lado, o contingente de pessoas ocupadas foi de 98,6 milhões, o que representa uma queda de 1 milhão de pessoas em relação ao trimestre terminado em outubro.
Essa queda na ocupação pode ser observada em alguns setores, como Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que teve uma retração de 272 mil pessoas, e Administração pública, educação e saúde, com perda de 342 mil pessoas. Além desses setores, houve variações negativas em outras atividades, o que aponta para uma perda de número de trabalhadores no início do ano, na virada do 4º trimestre de 2022 para o início de 2023.
Porém, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o contingente de ocupados segue crescendo, com alta de 3,4%. Portanto, é possível observar dois panoramas: em uma análise de curto prazo, há uma queda na formação de trabalho, enquanto, no confronto com um ano atrás, o cenário ainda é de ganho de ocupação.
Em resumo, os dados da PNAD Contínua mostram que a taxa de desocupação se manteve estável no trimestre encerrado em janeiro de 2023, mas houve uma queda na ocupação, principalmente em alguns setores. Ainda assim, a comparação anual mostra um cenário de ganho de ocupação, o que indica que há perspectivas positivas para o mercado de trabalho no Brasil.