O NOVO ENSINO MÉDIO – NEM?
Hugo PONTES
Professor, poeta e jornalista
O Novo Ensino Médio começou a ser implantado nas escolas brasileiras em 2022 voltado para os alunos do primeiro ano. A previsão é de que até 2024 a nova estrutura educacional seja aplicada em todo o país.
E havemos, todos, que perguntar: O que é o Novo Ensino Médio? Segundo o MEC – Ministério da Educação, o NEM – Novo Ensino Médio é uma proposta de um novo ordenamento curricular mais flexível que contempla a BNCC – Base Nacional Comum Curricular, com a oferta de itinerários formativos voltados para áreas do conhecimento, formação técnica e profissional.
Assim, dentro desse pensamento empírico, a proposta do Novo Ensino Médio – NEM – tem por objetivo garantir a oferta de educação de qualidade a todos os jovens brasileiros e de aproximar as escolas da realidade dos estudantes.
E o que dizer do novo ensino médio para este ano de 2023? Com o Novo Ensino Médio – NEM – os alunos deixam de ter carga horária total de 800 horas de aulas/ano e passam a contar com mil horas de aulas por ano.
Dessa forma, ao final do Ensino Médio, o aluno precisa ter – no mínimo – 3 (três) mil horas de aulas. Dessa carga horária, 1800 horas são destinadas para as disciplinas obrigatórias da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as demais horas devem ser utilizadas para o denominado itinerários formativos que são o conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão escolher sob orientação das redes de ensino.
Através dos itinerários formativos os alunos poderão se aprofundar nas áreas do conhecimento como Matemática e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, e na formação técnica e profissional (FTP) ou mesmo nos conhecimentos de duas ou mais áreas da formação técnica. No contexto do Novo Ensino Médio as aulas devem corresponder às necessidades e expectativas dos alunos, destacando a importância do jovem estudante, possibilitando a ele escolher o itinerário formativo no qual deseja aprofundar seus conhecimentos que, por sua vez, contribuirão para seu interesse pelo estudo, pela escola e a sua formação.
Espera-se que, dessa forma, a evasão e repetência seja algo próximo de um passado nefasto na educação brasileira.
De um lado, para dar tudo certo, é preciso oferecer condições para que a família tenha condições de manter o aluno estudando, sem que precise trabalhar para ajudar em casa.
De outra parte, tudo isso somente pode ter resultados efetivos se Estados e Municípios investirem na formação e valorização (em todos os sentidos) do trabalho daqueles que são a parte mais importante da educação: O professor.