População de 60 anos ou mais subiu de 11,3% para 15,1% segundo dados do IBGE

Brasília, DF – O envelhecimento da população seguiu a tendência de avanço acelerado no ano passado. Com isso, o Brasil está se aproximando do fim do “bônus demográfico”, ou deixando-o para trás, dependendo da definição utilizada. O “bônus” é o impulso econômico que ocorre quando a população na faixa etária adulta, que forma a mão de obra, é maior e cresce mais do que as demais faixas da pirâmide populacional, formadas também por crianças e idosos. Em 2012, 49,9% dos brasileiros tinham menos de 30 anos, mas essa parcela caiu para 43,3% em 2022. E os mais jovens agora não representam nem a metade da população brasileira. Por outro lado, o percentual de idosos (com 60 anos ou mais) aumentou de 11,3% para 15,1% no mesmo período, segundo dados da Pnad Contínua Domicílios e Moradores, divulgada IBGE.

PRODUTIVIDADE ESTAGNADA

Segundo Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), é como se toda a população fosse dividida entre os que trabalham (os adultos) e os que não trabalham (crianças e idosos). Ter mais pessoas trabalhando, em comparação com o restante, permite um crescimento econômico “vegetativo”. A vantagem do bônus é que ele representa um crescimento quase natural. Quando perdemos isso, precisamos tornar as pessoas mais produtivas, explicou Barbosa Filho. Ou seja, será necessário produzir mais com os mesmos recursos, principalmente com a mesma quantidade de mão de obra. Isso representa um enorme desafio. Nossa produtividade está praticamente estagnada desde 1980, afirmou o economista José Ronaldo de Castro Souza Jr., professor do Ibmec. A estagnação da produtividade acompanhou o lento ritmo do crescimento econômico nos últimos 40 anos, durante o período do auge do bônus demográfico. Por isso, os economistas avaliam que o país desperdiçou essa grande oferta de mão de obra.

Com crises sucessivas, investimentos insuficientes em tecnologia, má qualidade na educação e baixa produtividade, a economia cresceu menos do que poderia. O ideal seria aproveitar o bônus para dar um salto de desenvolvimento, alcançando níveis elevados de renda, segundo especialistas. No entanto, ao longo do caminho, ocorreram crises inflacionárias e aumento do desemprego. As pessoas entravam no mercado de trabalho, mas não tinham o que fazer, desperdiçando o bônus, disse Barbosa Filho, da FGV. Essa perda de fôlego, associada ao envelhecimento, é um fenômeno demográfico, afirmou o pesquisador José Eustáquio Diniz Alves, professor aposentado da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), do IBGE. Segundo o especialista, o envelhecimento é resultado da combinação da queda da natalidade, associada à urbanização, maior participação das mulheres no mercado de trabalho e políticas de planejamento familiar, com o aumento da longevidade, associada aos avanços na saúde e na renda. Com a diminuição do número de nascimentos, a população cresce mais lentamente.

Assim, a proporção de idosos na população aumenta, tanto devido ao baixo crescimento do total de habitantes quanto ao aumento absoluto no número de pessoas em idade avançada, já que as pessoas estão vivendo mais. Segundo Diniz Alves, os dados de 2022 da Pnad Contínua confirmam a tendência dos últimos anos. Na definição mais comumente usada por demógrafos, o bônus demográfico termina quando a população na faixa etária adulta, entre 14 e 60 anos, na maioria das vezes, começa a diminuir em termos absolutos. Nas projeções do IBGE, anteriores à pandemia e sem levar em conta os efeitos da Covid-19, isso só ocorreria em 2038 ou 2039, afirmou Diniz Alves. Por outro lado, alguns economistas preferem definir o fim do “bônus” quando o ritmo de crescimento da população em idade de trabalhar fica abaixo do crescimento populacional. Considerando essa definição e as projeções atuais do IBGE, o bônus demográfico chegou ao fim no Brasil em 2018.

MAIS NEGROS

Essas estimativas serão atualizadas e devem mudar com a divulgação dos dados do Censo 2022. Os resultados consideram a revisão da projeção populacional realizada em 2018, com base no Censo de 2010, informou o instituto. Segundo Diniz Alves, como os dados preliminares do Censo 2022 divulgados em dezembro apontaram para uma população total menor do que o indicado nas projeções, a proporção de idosos deverá aumentar ainda mais. A pesquisa do IBGE também mostrou que a participação da população autodeclarada branca diminuiu em todas as grandes regiões do Brasil. No país, a parcela caiu de 46% em 2012 para 42,8% no ano passado. Por outro lado, a população autodeclarada negra aumentou de 53% para 55,9% no mesmo período.

 

Fonte: Pnad Contínua Domicílios e Moradores / IBGE

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