Déficit
A aprovação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2024 pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) levanta preocupações sobre a saúde financeira do estado. O documento, de autoria do governador Romeu Zema e aprovado em turno único, estima uma receita anual de R$ 113,65 bilhões, enquanto a despesa total prevista é de R$ 119,71 bilhões. Com isso, o projeto da LDO apresenta um déficit previsto de R$ 6,06 bilhões, um valor superior aos R$ 3,6 bilhões projetados para 2023 pela Lei Orçamentária Anual (LOA).
O governo precisa explicar de forma clara como pretende lidar com essa disparidade entre receitas e despesas, pois um déficit crescente pode resultar em consequências graves .
Aumentar a receita ou reduzir as despesas são as opções comumente consideradas para resolver um problema de déficit orçamentário. No entanto, é crucial analisar de perto as estratégias propostas pelo governo para enfrentar essa situação. É necessário questionar se haverá um aumento de impostos que impactará diretamente os contribuintes ou se cortes serão feitos.
Além disso, é fundamental avaliar a eficiência e transparência do gasto público. Diante desse cenário, é imprescindível que a ALMG exerça seu papel de fiscalização de forma rigorosa. É verdade que o Estado já teve déficits maiores num passado recente, os parlamentares devem acompanhar de perto a execução do orçamento e cobrar explicações claras sobre as medidas que serão tomadas para solucionar o déficit projetado e não simplesmente aprovar um projeto com tamanha disparidade nas contas.