Liderança
A atual proposta de reforma tributária no Brasil tem como objetivo unificar os impostos, trazendo uma simplificação ao complexo sistema tributário vigente. A adoção do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) substituirá cinco impostos, colocando o Brasil no rol de cerca de 170 países que já adotam esse sistema de cobrança. No entanto, as discussões sobre a alíquota do IVA têm gerado controvérsias, com expectativas iniciais de um índice em torno de 25%, mas que, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), pode atingir 28,4%. Comparando com outros países, essa porcentagem é significativamente maior do que as alíquotas adotadas em nações como Espanha, Alemanha, Reino Unido e Chile, que variam entre 19% e 21%.
A busca por uma reforma tributária é uma demanda antiga no Brasil, visando tornar o sistema mais eficiente, transparente e capaz de estimular o crescimento econômico. A ideia de unificar impostos em torno do IVA é uma medida comum em diversos países, e a expectativa é que isso possa facilitar a vida dos contribuintes e das empresas, além de reduzir a sonegação e a burocracia tributária.
No entanto, a proposta de uma alíquota do IVA em 28,4% causa preocupação entre os cidadãos e empresários. A carga tributária brasileira já é elevada, e uma taxa tão alta sobre o consumo pode impactar negativamente o poder de compra da população e reduzir a capacidade de investimento das empresas.
É importante ressaltar que a alíquota final do IVA ainda está sujeita a definição em lei complementar. Portanto, há uma oportunidade para revisar e ajustar esse índice, buscando um equilíbrio entre a arrecadação tributária necessária para o país e o impacto sobre o consumo e a atividade econômica.