“Nem-Nem”
O relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresentou um dado alarmante para o Brasil: 36% dos jovens brasileiros não trabalham e nem estudam, conhecidos como “nem-nem”. Essa estatística representa cerca de 7 milhões de jovens em todo o país, um número significativo que merece atenção e ação por parte da sociedade.
Em uma análise mais detalhada, observa-se que, dos 207 milhões de habitantes do Brasil, aproximadamente 35 milhões são jovens com idade entre 14 e 24 anos. Deste grupo, 53% dos jovens desocupados são mulheres, um indicativo das desigualdades de gênero ainda presentes no mercado de trabalho e no acesso à educação.
Os “nem-nem” representam uma parcela expressiva da juventude brasileira e enfrentar esse problema é fundamental para garantir um futuro. Entender as razões por trás dessa situação é o primeiro passo para buscar soluções efetivas.
Há uma série de fatores que podem contribuir para o aumento do número de jovens nessa condição. A falta de oportunidades de trabalho e a precariedade do mercado laboral para jovens sem experiência são alguns dos desafios enfrentados. Além disso, a qualidade do ensino público, a evasão escolar e a falta de acesso a cursos profissionalizantes também desempenham papéis importantes.
Para combater o problema dos “nem-nem” é imprescindível uma abordagem abrangente e coordenada entre os setores público e privado. Políticas públicas que incentivem a criação de empregos para jovens, com enfoque em capacitação e qualificação, são essenciais para reverter esse cenário. Um grande desafio.