POR UMA ÁRVORE
Hugo PONTES
Professor, poeta e jornalista
Nos anos de 1950, quando criança no curso primário, comemorávamos o Dia da Árvore plantando uma em algum lugar da cidade. Era uma árvore por aluno que, no total, perfaziam 100 diferentes espécies.
No quintal das nossas casas havia diversas árvores frutíferas: laranjeiras, mangueiras, jabuticabeira, bananeiras. E mais… muito mais.
Os quintais eram o nosso universo… quintais enormes.
O tempo passou e continuamos comemorando o Dia das Árvores que no Brasil é em 21 de setembro, às vésperas da entrada da primavera. No Norte e Nordeste do país as árvores costumam ser homenageadas também na última semana de março, época do início do período das chuvas naquela região. A árvore é o símbolo maior da natureza. Plantar, cuidar, proteger e defendê-la significa valorizar todo o verde que ainda existe no planeta.
A defesa de florestas, como a da Amazônia por exemplo, está se tornando uma questão de sobrevivência para nossa espécie, devido aos inúmeros problemas ambientais que nós mesmos criamos na Terra. Além de sua própria beleza, as árvores exercem funções importantes para o meio ambiente.
E isso tudo aprendemos na escola. Mas de que adianta aprendermos e termos consciência se o capital fala mais alto e a cada dia a motosserra geme nos troncos os ipês, das araucárias e outras espécies, cujas madeiras vão percorrer o mundo e nossos governantes dizem que não “sabem” para onde vão.
Mesmo assim, agita-se o mundo em torno da ideia da arborização das cidades e dos campos. É uma das premissas para a conservação da espécie humana e dos animais.
Grandes naturalistas – através das pesquisas – provam que a redução das matas contribui para que o solo se torne árido e, por consequência a permanente diminuição das águas.
Com isso a quantidade de ácido carbônico aumenta em prejuízo do oxigênio no ar que se torna mais quente e os vapores d’água desaparecem.
Nesse dia das árvores, abracemos, todos, pelo menos uma árvore, ou melhor, plantemos uma.