Manifestação em Poços de Caldas na luta pela dignidade e respeito
Poços de Caldas, MG – No próximo sábado, dia 02, às 13h30, as ruas de Poços de Caldas serão palco de uma manifestação pública. Sob o título “Vidas Trans Importam”, a passeata é uma resposta contundente ao triste cenário em que o Brasil lidera há 15 anos consecutivos: sendo o país que mais registra homicídios de mulheres trans e travestis no mundo.
O evento é uma iniciativa conjunta do Coletivo LGBTQIAPN+ em parceria com o Coletivo Mulheres pela Democracia, Bloco das Fridas e Bloco da Tine. Essa união de forças tem como objetivo reafirmar a existência e lutar pela sobrevivência das mulheres trans e travestis em Poços de Caldas.
A concentração terá início às 13h30 na Praça do Coreto, e a passeata está programada para começar às 14h00, percorrendo as Ruas Francisco Salles, Assis Figueiredo (com uma parada estratégica em frente ao McDonald’s), Prefeito Chagas, e retornando à Praça.
A participação está aberta a todas as pessoas comprometidas com a causa, sendo encorajadas a trazer tambores, faixas, cartazes e suas vozes para gritar e cantar em prol do respeito e proteção das vidas das pessoas transgênero.
A manifestação não é apenas um ato de protesto, mas uma oportunidade de sensibilizar a sociedade sobre a urgência de garantir dignidade e direitos fundamentais a esse segmento da população. O convite é aberto a todos que desejam somar forças na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Repúdio
Recentemente o Coletivo LGBTQIAPN+ de Poços de Caldas emitiu uma nota pública repudiando veementemente a violência transfóbica perpetrada na madrugada de 17/11/2023, que vitimou duas travestis de 19 e 21 anos. O ataque brutal, perpetrado por um grupo de 10 homens no Parque José Affonso Junqueira, no centro de Poços de Caldas – MG, é um triste reflexo do aumento da violência contra a população trans.
“É imperativo destacar que a transfobia é crime no Brasil e, como tal, os responsáveis por essa barbárie devem ser identificados e receber as sanções previstas em lei. Até o momento, nenhum dos agressores foi identificado, e o Coletivo exige uma investigação rigorosa para responsabilizá-los por esse ato covarde”, destacou trecho da nota.