Longevidade
No cenário complexo e desafiador que foi 2022, marcado por incertezas e superações, um indicador mostra a expectativa de vida ao nascer no Brasil. De acordo com os recentes dados das Tábuas de Mortalidade divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida atingiu a marca de 75,5 anos.
Este número representa mais do que uma mera estatística; é um reflexo tangível das batalhas enfrentadas pelos brasileiros nos últimos anos, particularmente durante os anos de 2020 e 2021, quando a pandemia de covid-19 impôs desafios sem precedentes.
É notável observar que a expectativa de vida, após dois anos de declínio em 2020 e 2021, apresentou uma recuperação parcial em 2022. Isso sugere resiliência e capacidade de adaptação em meio às adversidades.
Pela primeira vez, a influência direta da pandemia na expectativa de vida do brasileiro se torna evidente. A revisão dos dados anteriores revela impactos significativos, com a expectativa de vida em 2020 recalculada para 74,8 anos, dois anos a menos do que inicialmente estimado. Em 2021, ano que testemunhou o auge da crise sanitária, a projeção desceu para 72,8 anos, uma diferença substancial de 4,2 anos em relação aos 77 anos anteriormente divulgados.
Essas revisões não são apenas ajustes estatísticos; são testemunhos de vidas perdidas prematuramente e de famílias afetadas pela pandemia. Cada número representa uma história interrompida, uma trajetória que poderia ter sido prolongada em situações diferentes.
Contudo, a luta da sociedade brasileira se reflete na recuperação parcial da expectativa de vida em 2022. Isso sugere a eficácia das medidas adotadas, a capacidade de adaptação do sistema de saúde e, sobretudo, a solidariedade e determinação do povo brasileiro em enfrentar desafios coletivos.