Violência psicológica: campanha de conscientização do governo com apoio da Secretaria de Promoção Social
Poços de Caldas, MG – A análise minuciosa dos dados sobre violência contra a mulher em Minas Gerais revela uma preocupante proximidade entre os casos de violência psicológica e física. Segundo informações da Polícia Civil, até o dia 10 de dezembro deste ano, mais de 140 mil mulheres no estado foram vítimas de violência, sendo 38,1% delas alvo de violência psicológica e 38,2% de violência física.
Os dados estão disponíveis em um painel de Business Intelligence (BI), acessível a todos os cidadãos pela internet. Esse painel reflete os esforços do Governo de Minas em estratificar os dados e utilizar as informações para direcionar ações mais eficazes, diante da crescente a Prefeitura de Poços de Caldas, através da secretaria de Promoção Social, entra na campanha de sensibilização e disponibilização das informações a toda a população.
A surpreendente semelhança nas estatísticas entre os dois tipos de violência serve como impulso para o lançamento de uma campanha virtual de conscientização sobre violência psicológica. A iniciativa, intitulada “Nós vemos a violência que ninguém vê”, será lançada nesta quinta-feira (14/12) pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A campanha se concentrará na divulgação ativa nas redes sociais, buscando destacar as características desse tipo de crime e suas consequências tanto para as mulheres quanto para os agressores.
O Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, enfatizou a importância de conscientizar a população sobre a violência psicológica: “As pessoas sempre se preocupam muito com a violência física. Essa é uma preocupação nossa também. Mas queremos com esse alerta dizer que a violência psicológica é tão comum quanto a física e muitas vezes até mais traumática.”
Dentre as mulheres que sofreram violência psicológica em Minas, 82% foram classificadas como vítimas de ameaça, enquanto perseguição e atrito verbal seguiram como os principais motivos para buscar a intervenção policial.
A violência psicológica afeta predominantemente mulheres pardas (45%), com a faixa etária predominante das vítimas concentrada entre 25 e 34 anos (28,2%). É importante ressaltar que em 2021, a violência psicológica contra a mulher foi incluída no Código Penal, com penas de seis meses a dois anos de prisão, além de multa.
De janeiro a 10 de dezembro, um total de 144.157 mulheres foram vítimas de algum tipo de violência em Minas. Além das destacadas violências psicológica e física, a violência patrimonial representou 4,3% dos casos, seguida pela violência moral (2,8%) e violência sexual (1,8%).
As jovens de 12 a 17 anos são as principais vítimas de violência sexual, enquanto mulheres de 25 a 34 anos lideram o ranking de violência física. A violência patrimonial ocorre com maior frequência entre mulheres de 55 anos ou mais.
O levantamento revela que 67% das mulheres vítimas de agressão em Minas foram atacadas por ex-companheiros ou companheiros atuais. Esse percentual aumenta para 70% quando consideramos mulheres autodeclaradas negras.
Os crimes mais recorrentes são vias de fato, seguidas de lesão corporal. Para obter mais informações sobre o perfil das vítimas de violência em Minas, é possível acessar o BI online.
Em resposta a essa problemática, 69 Delegacias de Atendimento à Mulher estão em pleno funcionamento em todo o estado, oferecendo atendimento especializado tanto na capital quanto no interior, abrangendo casos de importunação ofensiva e violência doméstica e sexual. Essas delegacias são fundamentais para garantir um suporte eficiente às mulheres em situação de vulnerabilidade.
Para a secretária de Promoção Social, Marcela Carvalho, a Prefeitura desempenha um papel crucial no combate à violência, seja ela qual for.” Temos diversos programas que trabalham nessa frente e logo teremos mais novidades por uma luta efetiva no fim da violência contra a mulher. A atuação nesse âmbito não apenas evidencia o comprometimento do poder público com a segurança e bem-estar da população, mas também destaca a importância de abordar a violência em todas as suas manifestações.”