O segredo do violinista de Eva Funaria é a indicação da série Vaga-lume
Poços de Caldas, MG – A Ilha Perdida. Um cadáver ouve rádio. O Escaravelho do Diabo. O Caso da Borboleta Atíria. Zezinho, o dono da porquinha preta. Os Barcos de Papel. Um leão em família. Principal referência literária de pelos menos três gerações de crianças e jovens, a Série Vaga-lume completa 50 anos de lançamento em 2023. Para celebrar os sucessos que seguem impactando os jovens leitores de ontem e de hoje, o Sistema Municipal de Bibliotecas Públicas de Poços divulga, toda terça-feira, um autor da coleção com as indicações de livros disponíveis para empréstimos nas cinco unidades.
A Coleção Vaga-lume foi lançada pela editora Ática em 1973. Voltada para o público infanto-juvenil, ela rapidamente se popularizou, principalmente por seu uso em escolas. A coleção conta com mais de 100 títulos em seu catálogo, divididos entre as séries Vaga-Lume e Vaga-Lume Jr., para leitores com faixa etária entre 10 e 20 anos. O último livro, “Os Marcianos”, de Luiz Antônio Aguiar, foi publicado em 2021.
Nesta semana, a Série Vaga-lume destaca, Eva Furnari que nasceu em Roma, na Itália, em 15 de novembro de 1948. Veio para o Brasil com quase 2 anos e desenha desde bem pequena. Começou com homens palito e depois colocou roupas neles, pois, segundo Eva, eles eram muito magrelos. Com o passar das décadas e o avanço nos estudos, o trabalho de ilustração de Eva tornava-se mais elaborado, com referências por vezes líricas e bem-humoradas.
Entrou para a Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal de São Paulo (USP) em 1972. Neste momento, seus traços começavam a receber influência do artista plástico Paul Klee, do cartunista Saul Steinberg e, mais tarde, do pintor e ilustrador Jean-Michel Folon.
Em 1974, passou a trabalhar como professora de artes no Museu Lasar Segall, onde ensinava desenho, modelagem em argila, xilogravura e pintura a óleo. Seis anos depois, passou a dedicar-se aos primeiros livros e ilustrações para o mercado editorial. Eva foi conquistando sua autonomia e liberdade no ambiente de trabalho e criou a famosa Bruxinha, muito querida na imaginação das crianças até hoje. A partir daí, suas obras passaram a ser traduzidas em vários países, como México, Equador, Guatemala, Bolívia e Itália.
De 1981 a 1983, recebeu, seguidamente, os prêmios de melhor livro de imagem, concedidos pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). No ano seguinte, publicou sua primeira obra com texto e imagem. Depois disso, não parou mais. Suas obras passaram a ser adaptadas para o teatro que são encenados e já foram premiados várias vezes. E por falar em prêmio, em 1987, Eva recebe o Prêmio Abril de Ilustração e o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte.
Tornando-se presença constante nas escolas, lança uma coleção para a Moderna em 1991 e, em 1993, ganha o seu primeiro Prêmio Jabuti de melhor ilustração pelo livro Truks, publicado pela Editora Ática. Em 2009, tornou-se autora exclusiva da Moderna. Atualmente, Eva Furnari possui mais de 70 livros publicados e coleciona mais de 40 prêmios ao longo de sua carreira.
Dentro da renomada Coleção Vaga-lume, Eva Funari se destaca com uma obra que está disponível para leitura nas bibliotecas municipais de Poços de Caldas:
O segredo do violinista
Disponível nas bibliotecas:Centenário; Julio Bonazzi.
É época de Copa do Mundo, Beto e Miguel estão entusiasmados. No prédio onde moram ocorrem pequenos furtos, mas quando some a bola de futebol a coisa fica séria. Eles suspeitam do vizinho, um estranho violinista. E juntamente com Isabel, os garotos se metem em grandes encrencas para desvendar o mistério.