Evolução
Os resultados da recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre os hábitos sustentáveis no Brasil revelam uma notável evolução no comportamento da população em relação à separação de resíduos. Os dados indicam um aumento significativo, passando de 74% em 2022 para impressionantes 81% em 2024, daqueles que adotam práticas sustentáveis sempre ou na maioria das vezes.
Um aspecto interessante destacado pela pesquisa é o perfil mais comum daqueles que separam lixo para reciclagem. Moradores de cidades do interior, indivíduos mais velhos e com menor escolaridade se destacam como os maiores protagonistas dessa mudança de hábito.
Analisando a faixa etária, a pesquisa mostra que 56% das pessoas com 60 anos ou mais se dedicam sempre à separação de lixo, contrastando com 34% dos jovens de 16 a 24 anos.
Entretanto, os desafios ainda são notáveis. As maiores dificuldades apontadas pelos entrevistados para adotar a prática foram a falta de costume e esquecimento (29%), a ausência de coleta seletiva na rua, bairro ou cidade (20%), e a falta de informação sobre reciclagem ou coleta seletiva (11%). Estes números ressaltam a necessidade contínua de investir em educação ambiental e infraestrutura para incentivar e facilitar a participação ativa da população na separação de resíduos.
Frente a esses desafios, é essencial que as autoridades municipais, organizações não governamentais e empresas privadas unam esforços para promover campanhas educativas, além de investir em programas de coleta seletiva que abranjam não apenas áreas urbanas, mas também localidades mais afastadas.
O aumento na conscientização e na adoção de práticas sustentáveis reflete uma mudança positiva na mentalidade da sociedade brasileira.