Cerâmicas Castelani resgata memórias afetivas de Minas na nova coleção Mineirês
São Paulo, SP – O ceramista Jef Castelani vive em São Paulo há quase duas décadas, mas não abandona suas raízes mineiras. Natural de Poços de Caldas, Castelani mantém o jeitinho mineiro no sotaque, no gosto pelas artes, no apreço por um cafezinho recém-coado e na forma de olhar o mundo. Foi pensando na terra do pão de queijo e de Carlos Drummond de Andrade que o artista criou sua nova coleção, chamada Mineirês.
Para traduzir o modo de ser mineiro em delicadas peças de cerâmica, Castelani se inspirou nas reuniões ao redor da mesa, na culinária afetiva, na prosa do fim de tarde, na poesia das montanhas e na simplicidade tão característica de quem nasce naquele Estado. Todas as peças da nova linha têm acabamento impecável, o que comprova, mais uma vez, a maestria do artista no manuseio do barro.
Entre os destaques da coleção Mineirês estão as xícaras Gastura, disponíveis em dois tamanhos. As peças são feitas com argila reciclada e têm acabamento em esmalte fosco, que dá um toque rústico e remete ao interior da casa. A xícara Gastura Café P tem 7,5 centímetros de largura por 5 centímetros de altura e custa R$ 90. Já a xícara Gastura G possui 9,5 centímetros de largura e 7,5 centímetros de altura e sai por R$ 95.
Para servir ou guardar quitutes do café da tarde, os Potes Gastura são uma opção elegante e versátil. Eles vêm com tampa e são feitos com diferentes tipos de argila, entre elas a preta e a branca, com acabamento em esmalte fosco. Cada pote tem 12 centímetros de largura por 7 de altura e custa R$ 80.
Outro item que chama a atenção é o prato de sobremesa Mescla, feito com a delicada argila branca e acabamento em esmalte fosco. A peça, que valoriza qualquer sobremesa, tem 16,5 centímetros de largura e 1,5 centímetro de altura e sai por R$ 65.
O prato principal Mescla, por sua vez, ganha um toque descontraído com a decoração em baixo relevo em forma de espiral, que é realçada pelo acabamento em esmalte fosco. O item mede 23,5 centímetros de largura e 2,5 centímetros de altura e sai por R$ 100.
Já os centros de mesa são feitos a partir da mistura de diferentes argilas, o que confere às peças uma combinação de cores exclusiva, obtida de forma natural. Eles são ideais para fazer ikebana, arranjo floral feito com a famosa técnica japonesa. Os itens estão disponíveis em diferentes tamanhos e formatos e cada peça é única.
Natural de Poços de Caldas, Minas Gerais, Jef Castelani vive em São Paulo há 19 anos. Formado em administração de empresas, ele trabalhou na área financeira durante 11 anos, até que decidiu mergulhar no mundo da arte.
A transição começou durante um curso de Design de Mobiliário na Escola Panamericana de Artes, quando Castelani descobriu o universo infinito da cerâmica. Depois, ele teve contato com a renomada ceramista Ivone Shirahata, que lhe apresentou novas possibilidades na arte de moldar o barro. Em busca de aprimoramento, ele passou pelo ateliê de Cintia Zambianco e pelos estúdios Terra W e Muriqui.
Castelani montou seu próprio ateliê em 2019. Em 2022, passou uma temporada de seis meses na Ásia, onde trabalhou com artistas da Tailândia e da Indonésia. Hoje, ele aperfeiçoa sua técnica com uma das ceramistas mais importantes do Brasil, Hideko Honma. Em seu trabalho, o artista investiga a simplicidade e o retorno ao essencial e ao rústico encontrados na cerâmica tradicional mineira.
fotos: divulgação