Favelas

Os dados do Censo 2022, recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam uma realidade contundente sobre a vida urbana no Brasil: 16,39 milhões de pessoas, ou 8,1% da população, vivem em favelas e comunidades urbanas, locais que, ao longo dos anos, se consolidaram como espaços de resistência, cultura e sobrevivência.
O estado de São Paulo lidera em número de residentes em favelas, com 3,6 milhões, seguido pelo Rio de Janeiro, com 2,1 milhões.
Em muitos desses territórios, como a Rocinha — a maior favela do país, com 72.021 habitantes —, os moradores enfrentam desafios diários que vão além da falta de infraestrutura. A escassez de saneamento básico, segurança, acesso à saúde e à educação de qualidade são obstáculos que se somam à desigualdade de oportunidades e ao preconceito, limitando o desenvolvimento pleno das pessoas que ali residem.
A permanência e o crescimento das favelas refletem a precarização dos serviços públicos e o aumento do custo de vida, que empurra milhões de brasileiros para essas regiões. A falta de políticas públicas estruturadas e contínuas dificulta a superação das condições adversas, criando um ciclo de exclusão e marginalização. É essencial que governos em todas as esferas assumam um compromisso efetivo com a urbanização dessas áreas, promovendo acesso a recursos básicos e criando oportunidades para que os moradores das favelas possam romper o ciclo de vulnerabilidade.
Transformar as favelas em comunidades urbanizadas e integradas ao tecido urbano, com acesso à moradia digna, transporte, segurança, saúde e educação, não só eleva a qualidade de vida dos seus moradores como fortalece o desenvolvimento do país como um todo.

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