Injeção
Com a proximidade do fim de ano, a economia brasileira se prepara para receber um reforço significativo. Segundo estimativas da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o pagamento da segunda parcela do 13º salário deverá injetar R$ 125,6 bilhões na economia, um montante 4,8% superior àquele registrado em 2023, que foi de R$ 119,8 bilhões. O dado reforça o papel crucial dessa renda extra para o aquecimento do mercado interno e a sustentação de setores fundamentais durante o período festivo.
De acordo com a pesquisa da CNC, a intenção de consumo dos brasileiros revela que boa parte desse montante será direcionada ao mercado varejista. Aproximadamente R$ 44,1 bilhões – ou 35% do total – serão usados em compras de fim de ano, impulsionando especialmente o consumo de bens. Entre os setores mais beneficiados pela demanda do consumidor estão vestuário e calçados, com 80% das intenções de compra, seguidos por livrarias e papelarias (50%) e lojas de utilidades domésticas (33%).
Esse cenário traduz uma perspectiva otimista para o varejo e o setor de serviços, tão importantes para o PIB nacional. Além disso, destaca o papel do 13º salário não apenas como alívio financeiro para as famílias brasileiras, mas também como uma ferramenta essencial de reaquecimento econômico em momentos decisivos. O consumo durante o fim de ano ajuda a manter postos de trabalho, fomenta o pequeno e médio comércio e impulsiona a produção industrial.
Em um período marcado por desafios econômicos e incertezas globais, essa movimentação econômica é um alento importante. No entanto, cabe também um olhar atento para a necessidade de gestão consciente desse recurso pelas famílias, a fim de evitar endividamentos excessivos que comprometam o orçamento nos primeiros meses do próximo ano.