O recente levantamento divulgado sobre o rombo financeiro nas estatais brasileiras em 2024 acendeu um alerta que não pode mais ser ignorado. O governo evita o termo “rombo” e prefere tratar a situação como um “déficit fiscal”; no entanto, o mercado e parte da imprensa interpretam esses números como um sinal claro de prejuízo e ineficiência na gestão dessas empresas. O dado reforça a discussão sobre a necessidade urgente de privatização para evitar que o país continue arcando com os altos custos dessa estrutura deficitária.
As estatais brasileiras, historicamente criadas para atender interesses estratégicos e garantir serviços essenciais, têm se mostrado ineficazes diante dos desafios do mercado global. O modelo de administração pública, atrelado a interferências políticas, falta de competitividade e baixa eficiência operacional, tem gerado prejuízos bilionários ao longo dos anos. A sociedade, que deveria ser a principal beneficiária dessas empresas, acaba pagando a conta através de tributos e redução da capacidade do Estado de investir em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura.
A discussão sobre a privatização das estatais não é nova, mas precisa ser enfrentada com seriedade. Casos de sucesso ao redor do mundo demonstram que a iniciativa privada, quando bem regulada, é capaz de oferecer serviços mais eficientes, com custos menores para o cidadão e sem os entraves da burocracia estatal. No Brasil, exemplos como a privatização do setor de telecomunicações mostram que a transição para a gestão privada pode resultar em avanços significativos na qualidade e na expansão dos serviços.
O argumento contra a privatização geralmente se sustenta na ideia de que algumas estatais cumprem papel estratégico para o desenvolvimento nacional. No entanto, a gestão ineficiente e os desvios constantes de recursos demonstram que, na prática, essas empresas têm servido muito mais aos interesses de grupos políticos do que ao bem-estar da população. A permanência dessas corporações sob controle estatal apenas perpetua um ciclo de ineficiência e desperdício de recursos.
Diante desse cenário, é imperativo que o governo encare a privatização como uma solução realista e necessária para sanar o problema. A resistência ideológica não pode se sobrepor às evidências econômicas. Um Estado mais enxuto e eficiente permitirá que o Brasil direcione seus recursos para onde realmente importa: na melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos. O tempo de protelar essa decisão acabou. A privatização não é apenas uma alternativa; é uma urgência.