O brasileiro tem no Carnaval uma das maiores expressões culturais do país. A festa, marcada por alegria, fantasias, viagens e muita comemoração, também movimenta a economia de forma significativa. No entanto, por trás do brilho e da descontração, existe um fator que muitos foliões sequer percebem: a alta carga tributária sobre os produtos consumidos durante os dias de festa.
De acordo com um levantamento da Associação Comercial de São Paulo, diversos itens típicos do Carnaval estão sujeitos a impostos elevados, o que impacta diretamente o bolso dos consumidores. O campeão da lista é o whisky, que tem 56,4% do seu preço composto por tributos. A cerveja, bebida indispensável para muitos foliões nos dias quentes de festa, também não escapa: 39,07% do seu valor corresponde a impostos. Já o chope, outra opção muito popular, tem uma carga tributária ainda maior, chegando a 44,39%.
Esses números mostram que a diversão durante o Carnaval não se limita apenas às despesas visíveis, como ingressos para festas e blocos, passagens e hospedagem. O impacto dos tributos nos produtos consumidos é significativo e, muitas vezes, passa despercebido pela maioria dos foliões.
O Brasil é um dos países com a maior carga tributária sobre o consumo do mundo, e o Carnaval é um retrato claro dessa realidade. Enquanto a alegria não tem preço, os tributos ficam para depois – e, no final, quem realmente paga essa conta é o consumidor. Diante desse cenário, a discussão sobre a redução de tributos e uma reforma tributária mais equilibrada segue como um tema essencial para os brasileiros, dentro e fora da folia.