O primeiro mês de 2025 registrou um saldo positivo na geração de empregos em Minas Gerais, com 236.381 admissões e 232.341 desligamentos, resultando na criação de 4.040 novas vagas formais. Destes novos postos de trabalho, 65,3% foram gerados por micro e pequenas empresas (MPEs), evidenciando mais uma vez a relevância desse segmento para a economia estadual. O levantamento foi realizado pelo Sebrae Minas.
No entanto, ao compararmos com janeiro de 2024, a queda no saldo de novas vagas foi expressiva, atingindo 66,9%. No mesmo período do ano passado, Minas Gerais registrou um saldo positivo de 12.193 empregos, o que mostra uma desaceleração significativa na criação de postos formais de trabalho.
Esse cenário reflete tendências que vão além das fronteiras do estado. O mercado de trabalho brasileiro continua resiliente, mas os dados conjunturais reforçam um ritmo mais moderado da economia. A taxa de desocupação ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2025, acima dos 6,2% observados no trimestre anterior (outubro de 2024).
Outro fator preocupante é a inflação, que deve continuar acima do teto da meta nos próximos meses. A depreciação cambial e o aumento dos preços dos alimentos contribuem para a elevação dos índices inflacionários, sem perspectivas de alívio a curto prazo. A inflação dos serviços, impulsionada pela atividade econômica ainda aquecida em alguns setores, também permanece em patamar elevado.
Apesar desses desafios macroeconômicos, as micro e pequenas empresas seguem desempenhando um papel essencial na manutenção do saldo positivo de empregos. Mesmo diante de um ambiente econômico menos favorável, essas empresas continuam sendo as principais geradoras de oportunidades no estado. Seu dinamismo e capacidade de adaptação demonstram a importância de políticas públicas e incentivos que fortaleçam esse segmento, garantindo a sustentabilidade do emprego e do crescimento econômico em Minas Gerais.