Recados
Em discurso na Associação Comercial de São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), resumiu o estado do governo Lula no Parlamento e mandou “recados” para o executivo.
“Teremos um tempo para o governo se estabilizar internamente porque hoje o governo ainda não tem uma base consistente nem na Câmara nem no Senado para tratar de questões de maioria simples, muito menos de quórum constitucional”, disse Lira .
O presidente da Câmara sinalizou que esse “tempo” está acabando. “Precisamos definir os rumos agora em março”, alertou. “O governo foi eleito com margem mínima de votos e precisa entender que, do último governo até hoje, temos o Banco Central independente, as agências reguladoras, a Lei das Estatais, um Congresso Nacional que agora tem um mandato mais amplo e que isso precisa ser negociado com bom senso, com muita conversa, com amplitude, com clareza, com transparência, mas com direcionamento.”
Durante o discurso, Lira também defendeu a implantação do semipresidencialismo no Brasil, mas rejeitou as críticas de que pretende atuar como primeiro-ministro. “Para 2030 ou 2034, seria essencial para este país, para nós sairmos deste emaranhado de presidencialismo de coligação, confundido com ‘tu coças-me as costas, eu coço-te’”, afirmou.
O governo realmente precisa provar para que veio. Não tem sinalização de linhas para o futuro o que gera mais incertezas do que garantias. A eleição e o Carnaval já acabaram.