Um país sem educação
Há tempos acompanhamos os processos de mudanças educacionais pelas passa o nosso país.
Aliás, há algumas décadas, intensificadas a partir do ministro Jarbas Passarinho, à época dos governos militares, a educação sofreu alterações procurando adequar-se às demandas dos modelos político-econômicos adotados pelos que definem os contornos da sociedade capitalista brasileira periférica ou emergente, assim chamada pelo sociólogo ou ideólogo de plantão.
Para entender o que seja sociedade capitalista emergente, basta esquecer o que se leu sobre sociedade capitalista periférica.
O discurso do governo é aquele que preconiza a necessidade de não deixar nenhuma criança fora da escola e acabar com a evasão e a repetência. Para tanto preconizava que o aluno encontrasse na escola um ambiente acolhedor e pleno de objetivos educacionais que espelhassem uma educação de qualidade para todos em tempo integral e nos moldes das escolas militares.
Para tanto, façam-se parcerias com as empresas, pois elas é que sabem qual é a qualidade melhor para todos os que vão servi-la.
E o governo, para que acredite na sua própria proposta, age e impõe mudanças através de decreto. É mais seguro agir ditatorialmente, ante uma plateia perplexa, sem capacidade de se mobilizar contra tudo o que acontece. Mesmo porque, se preciso for aprovar alguma lei, apela-se para algum tipo de “convencimento” junto à conhecida “base governista”.
A proposta governamental aplaudida e tomada como modelo, via Ministério da Educação, contempla a “qualidade” do ensino, centralizando nela os objetivos e pré-requisitos básicos para uma formação integral que conduza a criança e o adolescente ao pleno desenvolvimento da cidadania.
À escola é que compete conhecer e congregar a comunidade que a compõe: seus anseios, suas expectativas em relação ao que é o ensino; as condições econômicas e sociais dos alunos; estabelecer as linhas pedagógicas que orientem a proposta pedagógica e todo o trabalho escolar que a comunidade escolheu; fazer o que atenderá a seus interesses.
Aliás, há algumas décadas, intensificadas a partir do ministro Jarbas Passarinho, à época dos governos militares, a educação sofreu alterações procurando adequar-se às demandas dos modelos político-econômicos adotados pelos que definem os contornos da sociedade capitalista brasileira periférica ou emergente, assim chamada pelo sociólogo ou ideólogo de plantão.
Para entender o que seja sociedade capitalista emergente, basta esquecer o que se leu sobre sociedade capitalista periférica.
O discurso do governo é aquele que preconiza a necessidade de não deixar nenhuma criança fora da escola e acabar com a evasão e a repetência. Para tanto preconizava que o aluno encontrasse na escola um ambiente acolhedor e pleno de objetivos educacionais que espelhassem uma educação de qualidade para todos em tempo integral e nos moldes das escolas militares.
Para tanto, façam-se parcerias com as empresas, pois elas é que sabem qual é a qualidade melhor para todos os que vão servi-la.
E o governo, para que acredite na sua própria proposta, age e impõe mudanças através de decreto. É mais seguro agir ditatorialmente, ante uma plateia perplexa, sem capacidade de se mobilizar contra tudo o que acontece. Mesmo porque, se preciso for aprovar alguma lei, apela-se para algum tipo de “convencimento” junto à conhecida “base governista”.
A proposta governamental aplaudida e tomada como modelo, via Ministério da Educação, contempla a “qualidade” do ensino, centralizando nela os objetivos e pré-requisitos básicos para uma formação integral que conduza a criança e o adolescente ao pleno desenvolvimento da cidadania.
À escola é que compete conhecer e congregar a comunidade que a compõe: seus anseios, suas expectativas em relação ao que é o ensino; as condições econômicas e sociais dos alunos; estabelecer as linhas pedagógicas que orientem a proposta pedagógica e todo o trabalho escolar que a comunidade escolheu; fazer o que atenderá a seus interesses.
Ao professor, particularmente, está reservado um espaço de trabalho, o mais importante, pois este deverá estar preparado para conduzir no fazer diário da educação em sala de aula, a parte fundamental do processo pedagógico, estando junto com o aluno na vontade de seguir em frente, estimulados e encorajados no desafio conjunto do ato de ensinar e aprender e, o mais importante, dar também a educação de berço, pois parte da sociedade entregou os filhos para as escolas.
Mas ao professor está, também, reservado os piores salários.
O resumo de tudo isso, o que é certo e o que se tem a fazer, nada é desconhecido de quem esteve e está familiarizado com o meio educacional, em toda e qualquer época da nossa história moderna.
Porém propostas de reformas e mudanças, tudo tem continuamente sido arquitetado nos gabinetes, mas nunca se disse explicitamente o que se pretendia e se pretende com tais projetos – que têm começo e meio, mas nunca se chega a um fim para melhorar as condições da vida da maioria do povo, qualificando todos para o trabalho ou preparando-o para uma caminhada rumo à graduação, mestrado, ou doutorado e o consequente campo da pesquisa nas diversas áreas do saber humano.
À comunidade escolar e à sociedade nunca foi dito o que querem os iluminados mentores das reformas da educação brasileira e, também, os dirigentes municipais, estaduais e federais.
O certo é que, dependendo do momento, uma proposta é colocada à mesa para que os governantes alcancem objetivos específicos na formação do cidadão trabalhador que melhor atenda a determinados interesses econômicos da acumulação do capital.
Por certo contaremos sempre com slogans ufanistas de “marketing” para vendas de ideias do tipo: “500 anos de educação nos contemplam”.— “Educação para além do milênio”.— “A educação do Brasil no Século XXI. —“3º Milênio, educação para todos”, “Brasil – Pátria Educadora”. “Escola em Tempo Integral”.
E, agora, neste século XXI, a mesma proposta de 50 anos atrás: Escola cívico-militar.
É preciso pensar que as medidas políticas educacionais devem ser projeto de Estado, pois devem ultrapassar o mandato político do governante.Hugo Pontes Professor, poeta e jornalista
Mas ao professor está, também, reservado os piores salários.
O resumo de tudo isso, o que é certo e o que se tem a fazer, nada é desconhecido de quem esteve e está familiarizado com o meio educacional, em toda e qualquer época da nossa história moderna.
Porém propostas de reformas e mudanças, tudo tem continuamente sido arquitetado nos gabinetes, mas nunca se disse explicitamente o que se pretendia e se pretende com tais projetos – que têm começo e meio, mas nunca se chega a um fim para melhorar as condições da vida da maioria do povo, qualificando todos para o trabalho ou preparando-o para uma caminhada rumo à graduação, mestrado, ou doutorado e o consequente campo da pesquisa nas diversas áreas do saber humano.
À comunidade escolar e à sociedade nunca foi dito o que querem os iluminados mentores das reformas da educação brasileira e, também, os dirigentes municipais, estaduais e federais.
O certo é que, dependendo do momento, uma proposta é colocada à mesa para que os governantes alcancem objetivos específicos na formação do cidadão trabalhador que melhor atenda a determinados interesses econômicos da acumulação do capital.
Por certo contaremos sempre com slogans ufanistas de “marketing” para vendas de ideias do tipo: “500 anos de educação nos contemplam”.— “Educação para além do milênio”.— “A educação do Brasil no Século XXI. —“3º Milênio, educação para todos”, “Brasil – Pátria Educadora”. “Escola em Tempo Integral”.
E, agora, neste século XXI, a mesma proposta de 50 anos atrás: Escola cívico-militar.
É preciso pensar que as medidas políticas educacionais devem ser projeto de Estado, pois devem ultrapassar o mandato político do governante.Hugo Pontes Professor, poeta e jornalista