Escolas Cívico-Militares

O Projeto Escola Sem Partido e o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares bebem da mesma fonte ideológica e ambas pressupõem a censura ao professor. Ambas também negam a relação entre nossos pífios indicadores educacionais e nossa grave, persistente e histórica desigualdade social. Em outras palavras, baixo rendimento escolar e injustiça social fazem parte da mesma problemática. E olha que não precisa ser nenhum gênio para entender isso. Por esse ângulo, e desconheço outro que valha a pena me debruçar, “escola sem partido” e “escolas cívico-militares” não são apenas propostas obtusas ou aberrações que nenhum especialista em Educação pública leva a sério, são piores ainda, pois se mostram verdadeiros atentados contra a Educação e seus profissionais. Muito provavelmente por isso, os que se põem na linha de frente dos ataques à Educação pública são pessoas que desconhecem o significado concreto do termo “Educação”, pessoas que nunca praticaram a docência, salvo algumas exceções de praxe que insistem em cultuar a Idade das Trevas. Especificamente sobre o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, acreditar que a “salvação” da Educação está em militares impondo disciplina em sala de aula podando a autonomia do sujeito, é embarcar numa nau sem rumo e ao mesmo tempo cair na tentação de atacar de forma frontal todo o professorado chamando-o indiretamente de incompetente, negando todo o contexto sociocultural e econômico em que a criança/adolescente está inserida e sua perspectiva de mundo
Em suma, é jogar todo o projeto político-pedagógico na lata do lixo e deixar a Educação nas mãos de quem foi treinado para lidar com segurança pública e não com métodos pedagógicos. Ademais o projeto de escolas cívico-militares, além de desrespeitoso para com todos os profissionais da Educação e com a comunidade atendida, é extremamente nebuloso, pois nem o MEC consegue responder dúvidas simples como: quem de fato ficará a cargo da gestão escolar, o corpo docente ou os militares (?) ou como serão aplicados os recursos (?) — previsão de 1 milhão por escola. Não deixa de ser elucidativo que ao mesmo passo em que o governo federal corta recursos de universidades e institutos federais, diminui recursos para bolsas científicas, cancela cursos de formação para professores e veta a contratação de psicólogos e assistentes sociais em escolas públicas, o mesmíssimo governo insista num modelo sem precedentes, ao menos em países com a qualidade da Educação pública melhor que a nossa. Ao invés de nos debruçarmos sobre o que está dando certo no Ceará onde 55 escolas públicas de ensino médio estão entre as 100 melhores do país, ou analisar o que podemos adaptar dos Institutos Federais, onde os resultados são palpáveis, para realidade poços-caldense, ou simplesmente compreender todo o projeto de convivência ética que vem sendo implantado nas escolas municipais — projeto radicalmente oposto do pretendido pelas escolas cívico-militares — preferimos adentrar numa nau sem rumo, capitaneada por inquilinos da Casa de Orates. Termino prestando minha solidariedade à colega professora Flávia Vivaldi que tomou a única atitude digna que se poderia esperar de alguém que vê a Educação como um todo e não deixa de lutar por seus ideais.Hudson Luiz Vilas Boas, professor de Sociologia da rede estadual, especialista em Filosofia Contemporânea e em Gestão Escolar, ex-secretário municipal de Cultura (2017-2019)

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