Literatura – Memória

Hugo PONTES
Professor

João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo-MG em 1908 e faleceu no Rio de janeiro-RJ em 1967 Guimarães Rosa formou-se em medicina em 1930 e exerceu-a como funcionário da Força Pública de Minas Gerais. No ano em que se formou passou a exercer a profissão em Itaguara, então município de itaúna (MG), onde morou por um período de dois anos. Foi nessa localidade que passou a ter contato com os elementos do sertão que serviram de referência e inspiração para a sua obra.
Mais tarde foi diplomata.
Sua estreia na literatura deu-se em 1946 com a publicação do livro de contos Sagarana; em 1956 publicou Corpo de Baile, novelas, e o seu notável romance Grande Sertão: veredas, que o colocou como um dos maiores escritores da Literatura Brasileira.
A referência que o autor faz a Poços de Caldas está no livro Ave, Palavra, obra publicada pela Editora José Olympio em 1969/70, na crônica TERRAE VIS, na qual o autor escreve sobre diversas cidades do mundo, com as suas características mais expressivas. Não temos registro se o autor esteve em visita à cidade.

TERRAE VIS
“Demais, foi Keyserling mesmo quem escreveu, da cidade Maravilhosa:
“O ambiente do Rio de Janeiro é um puro afrodisíaco…” Creio verdade. Menos afrodisíaco, contudo, que, digamos, que o da terráquea Poços de Caldas – seguramente um dos lugares brasileiros mais abençoados pela risonha filha de Júpiter.
E note-se que, contra quaisquer aparências, todo o chão da América, de Norte a Sul, funciona, a rigor, como anafrodisíaco, segundo os entendidos e as observações menos superficiais, atuais e históricas.”
*Professor,
poeta e jornalista

Obs: Esta breve crônica está publicada no livro de minha autoria: Visitantes Ilustres – Poços de Caldas 1866-1986, Editora Sul Minas, Poços de Caldas-MG, 2018, 1ª. edição.

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