Delegada esclarece importância da campanha Agosto Lilás contra a violência doméstica
Poços de Caldas, MG – A Delegada Juliane Emiko, titular da Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher de Poços de Caldas, trouxe à luz detalhes sobre a campanha de conscientização que está sendo desenvolvida na cidade como parte das comemorações pelo aniversário da Lei Maria da Penha. Em uma entrevista ao Mantiqueira, a delegada destacou o compromisso da cidade em combater a violência doméstica e apoiar as vítimas.
“Estamos engajados em uma campanha que abrange todo o Brasil, envolvendo a rede de proteção e combate à violência doméstica. Aqui em Poços de Caldas, diversos eventos estão sendo realizados durante essa semana, reforçando a importância dessa luta contínua contra a violência”, disse a Delegada Juliane Emiko.
Questionada sobre a situação local, a Delegada esclareceu que, embora não tenha havido um aumento no número de registros de boletins de ocorrência relacionados à violência doméstica nos últimos anos, houve um notável aumento no número de inquéritos policiais instaurados e medidas protetivas solicitadas à justiça. Isso indica um progresso no sentido de conscientizar as vítimas a denunciarem e buscar apoio.
“A atuação do Estado, juntamente com campanhas informativas, tem influenciado positivamente na decisão das vítimas em denunciar. A Polícia Civil, por exemplo, está promovendo a campanha ‘Seu papel é denunciar’, chamando a atenção de todos para a importância de denunciar casos de violência doméstica, não apenas pelas vítimas, mas por toda a sociedade”, explicou Juliane Emiko.
Em relação às faixas etárias das vítimas, a Delegada destacou que a violência doméstica não se limita a um grupo específico. Ela pode ocorrer em diversos contextos familiares, envolvendo vítimas de diferentes idades, desde adolescentes até idosas. A lei Maria da Penha abrange uma variedade de situações dentro do âmbito doméstico.
A Delegada também abordou as diferentes formas de violência além da física, incluindo a violência moral, psicológica, sexual e patrimonial. Ela enfatizou que o combate à violência doméstica envolve não apenas a agressão física, mas também a proteção contra todas essas formas de abuso.
“A violência doméstica vai além do aspecto físico. Envolve aspectos psicológicos, morais, sexuais e patrimoniais. É importante entender que qualquer forma de coerção, ameaça ou violência dentro do ambiente familiar é considerada violência doméstica, e é nosso dever como sociedade denunciar e apoiar as vítimas”, concluiu a Delegada Juliane Emiko.
A entrevista ressalta o compromisso das autoridades locais em promover a conscientização e ações efetivas para combater a violência doméstica, além de encorajar a comunidade a desempenhar um papel ativo na proteção das vítimas.
Paulo Vitor de Campos
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